terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Bears impedem Favre de quebrar incrível tabu


Whatta game! Como o narrador da ESPN Mike Tirico bem disse, a torcida de Chicago deve estar se perguntando "quem são esses caras, onde eles estiveram durante todo o ano?". Em um jogo que valeu como presente de Natal atrasado pra quem ama o futebol americano, os Bears derrotaram o Minnesota Vikings por 36 a 30 na prorrogação.

Em seu 284º jogo seguido como titular da NFL, o QB dos Vikings, a lenda Brett Favre, esteve perto de quebrar um incrível tabu. Em 41 jogos em que seu time estave perdendo por 17 pontos ou mais no último quarto, ele nunca conseguiu virar. Hoje, foi quase.

Depois de um primeiro tempo em que só conseguiu lançar 36 jardas devido à forte pressão da defesa do time de Illinois, Favre teve uma segunda etapa primorosa e conseguiu reverter o placar de 23 a 6 para um 30 a 30 emocionante faltando 16 segundos para o relógio chegar ao seu destino final.

Na prorrogação, os Bears ganharam na moeda, e o quarterback Jay Cutler (foto) deixou o seu kicker Robbie Gould a 46 jardas do field goal. Para imprimir mais emoção ao jogo, Gould errou por centímetros. Na seqüência, ninguém acertava o drive e quando o running back Adrian Peterson, dos Vikings, parecia escapar para um touchdown, Hunter (ótimo nome!) Hillenmeyer, o middle linebacker de Chicago, forçou um fumble e entregou a bola para Cutler.

Em uma jogada que foi a tônica do ataque dos Bears na partida, o quarterback lançou para o touchdown do wide-receiver Devin Aromashodu (7 recepções, 150 yardas, 1 TD) decretar a incrível vitória.

Os Bears estão fora dos playoffs, mas lavam a alma com este jogo; já os Vikings estão garantidos, mas a derrota deixou os Saints, de Drew Brees, em primeiro na NFC. Janeiro promete!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Marco cinematográfico, Avatar escorrega no roteiro


A História repete a si mesma indefinidamente. A cobiça nunca encontrará um fim, nem no tempo, nem no espaço. Tomando isso em conta, o novo filme de James Cameron não tem em sua narrativa nada de novo. As críticas apontam para vários filmes de ficção científica como fonte de inspiração para "Avatar". Mas, no entanto, o filme que me veio mais à cabeça durante as duas horas e meia de projeção foi "Dança com Lobos".

Um forasteiro que não tem nada a perder na vida acaba por um encontrar algo que lhe faz sentido em uma população primitiva que será inevitavelmente destruída por seu povo, sedento por terras/petróleo/unobtanium (o último, o minério que os humanos querem ao invadir Pandora, o planeta em questão retratado na produção).

Deixando os paralelos com a expansão ao Oeste americano, a Guerra do Iraque ou o maniqueísmo rasteiro onipresente no estilo americano de fazer cinema, não há como negar o espectáculo visual oferecido por James Cameron. E é aqui que seu filme ganha pontos técnicos e comerciais, sendo um marco cinematográfico em ambos aspectos.

Não há outro lugar possível para assistir "Avatar" a não ser no cinema e em 3D. Pirataria, DVDs, downloads não oferecem a explosão de sentidos que a telona e os óculos plásticos entregam aos espectadores. Talvez seja a resposta de uma indústria que está em seu auge e ao mesmo tempo vê os elementos que podem ameaçar o seu futuro crescerem mais e mais.

Apesar da obviedade cinematográfica do roteiro, há um vasto campo antropológico sugerido para conversas e mais conversas sobre personas dentro de personas (avatares), além das possibilidades tecnológicas que nos oferece o futuro. Há também o lado biológico, em um paralelo com as linhas de Wallace: com a Terra sendo o ápice do desenvolvimento materialista e Pandora, o espititual. Sobre esta gama variada de informações, a produção do filme desenvolveu um wiki interessante, que regará a conversas dos nerds interessados em ficção científica como eu por horas e horas.

Voltando à comparação com "Dança com Lobos", que não também não trazia nada que não sabíamos, mas foi muito bem produzido, o destino de Avatar no Oscar pode ser o mesmo do filme de 1990: o prêmio de melhor filme e diretor, além dos óbvios prêmios técnicos.

O preço da renúncia


Alguém acredita que um político renunciaria ao poder executivo máximo em troca de um "projeto nacional mais amplo, generoso e democrático"? Alguém acredita que um político daria um passo atrás por ainda ser mais novo que um outro que tem o seu último tiro para o jackpot? Alguém acredita que haja companherismo entre figurões da política, mesmo que da mesma sigla?

Enfim... alguém ainda acredita em Papai Noel, mesmo que estejamos perto do Natal?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Como diria Luke Skywalker...



"I have a baaad feeling about this!"

Globo de Ouro fica cada vez mais distante do Oscar


Sempre achei meio forçada a afirmação que o Globo de Ouro é uma prévia do Oscar. Enquanto a maior festa do cinema tem a quase imprevisível definição de mais de 6 mil possíveis votantes, o Globo de Ouro é uma eleição de uma centena de jornalistas estrangeiros baseados em Los Angeles.

E neste ano, a coisa deve ficar ainda mais distinta. Com a adoção de 10 indicados a melhor filme no Oscar, as restrições serão maiores no prêmio da imprensa. Logicamente, no Oscar, não veremos 5 dramas e 5 comédias, como no Globo; mas Up com certeza estará entre a dezena premiada.

Nas indicações de hoje do Globo de Ouro, três dos cinco filmes de drama aparecem como possíveis vencedores: a superprodução "Avatar", que já era esperada como um espetáculo técnico, mas que também vem ganhando rasgados elogios da crítica; o filme de guerra "The Hurt Locker" (foto do ator Jeremy Renner), que pode ser o grande vencedor do ano; e o novo de Tarantino, Inglorious Basterds, próximo de ser perfeito. Completam a lista a comédia-dramática catártica sobre a crise econômica "Up in the Air" e o patinho feio "Precious", que estou curioso para ver.

Entre os atores, a grande surpresa está na dupla indicação de Sandra Bullock (!!!), por drama e comédia. Ela não deve levar nenhum dos dois, mas o prêmio em drama, para elas, parece estar em aberto. Carey Mulligan, de "An Education", tem alguma vantagem.

Para variar, grande parte dos indicados nem deram as caras por aqui. A minha maior decepção é a ausência completa de "Public Enemies", com Johny Depp, para mim, óbvio candidato a melhor produção. Vejamos no Oscar.

Clique e veja a lista no melhor site da internet, o IMDB.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DeSean Jackson é o mestre dos pequenos espaços


Que saudades de Terrell Owens que nada! O wide-receiver DeSean Jackson surpreende mais e mais a cada jogo do Philadelphia Eagles. Além de receber bolas incríveis usando a sua velocidade, ele se diferencia de Owens ao também assombrar nos retornos de punt.

Na incrível vitória de ontem dos Eagles sobre os Giants por 45 a 38, DeSean marcou dois touchdows usando a sua versatilidade. O retorno de punt da partida do Sunday Night foi algo inacreditável, capaz apenas para alguém com velocidade e controle anormais.

Além disso, Jackson estabeleceu um novo recorde da NFL ao marcar oito touchdowns de mais de 50 jardas em uma mesma temporada, igualando os feitos de Elroy Hirsch (da era pré-NFL) e Devin Hester, dos Bears, em 2007.

McNabb e Westbrook finalmente encontraram mais uma estrela para levar os Eagles ao SuperBowl? Espero que sim. E além de Jackson, Michael Vick também tem dado novas armas para as águias com suas corridas quase sempre imprevisíveis.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Na contramão do aquecimento global


Em tempos de COP15 (que quer dizer the 15th Conference of the Parties (COP 15) to the United Nations Framework Convention on Climate Change), o aquecimento global está em pauta mais do que nunca. E, em nosso comportamento de classe média mauricinha, sempre ouvimos falar de preservação da natureza e estamos cada vez mais adotando usos e costumes ecologicamente corretos.

Quem viu o filme "Uma verdade inconviniente" e soube que existem pessoas que negam o aquecimento global ficou até indignado, como fiquei. Para nós, educados no mantra do aquecimento global, soou como loucura, ainda mais se eles estavam acompanhados do parvo dos parvos que foi, é e sempre será George W. Bush.

Em meio a isso, me deparo com uma interessante entrevista do meteorologista Luiz Carlos Molion no UOL. Ele afirma não existir aquecimento global. Em resumo, baseia sua afirmação na falta de perspectiva que um ser humano pode ter diante dos humores solares, estes sim, responsáveis determinantes sobre a temperatura da Terra em vez do CO2 e em ciclos que podem variar de séculos em séculos.

Molion não é contra a discussão sobre a queima de combustíveis fósseis, causadores da chuva ácida por exemplo. Mas acha que o controle de emissões de CO2 serve muito mais para impedir o desenvolvimento de países como Brasil do que para controlar a temperatura da Terra. O próprio Molion, no blog Café Colombo, afirma que conservar é sempre uma boa atitude: “Conservar o planeta é importante para o futuro das gerações. Ter um ar limpo, rios não poluídos e florestas em pé. Mas isso não se mistura com a discussão do clima global. Aqueça ou esfrie, é preciso conservação”, diz.

O que eu aprendi com muita pouca experiência de vida até aqui, principalmente dos 20 aos 30 anos, é que não existe uma verdade absoluta. O que podemos achar óbvio e inequívoco, para outros é algo totalmente sem sentido. E que quando todos entoam algo como um mantra, não custa nada questionar. Não que adotar posturas contra o desperdício seja errado, e talvez nunca seja, mas estamos fazendo pelos motivos corretos?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amarga censura


Parece que comentários em blogs viraram os inimigos dos antidemocráticos e retrógrados. Para as eleições do próximo ano, políticos querem proibir blogs de omitir opiniões que os desagradem, logicamente, visando a manutenção do seu status quo de detentores da informação em uma era onde ela corre livremente pela web.

Mas não é preciso ir ao rincão das cuecas recheadas de dinheiro para encontrar posições contrárias ao século que vivemos. Um blog que conta as peripécias de um casal nos preparativos para sua grande festa sofreu a censura de uma doceria que não gostou dos comentários feitos sobre seus quitutes. Um advogado entrou em contato com os blogueiros e os ameaçou com um processo caso o post não fosse retirado.

Acredito que seria mais produtivo para a doceria Di Roma tentar sanar suas falhas e ouvir os clientes do que censurá-los. Eu, pessoalmente, nunca ouvi falar da doceria até então, mas, o que ela conseguiu com sua atitude que condiz com a época do AI-5 foi a minha amarga revolta.

Ronaldinho é o jogador da década, segundo a World Soccer


A revista inglesa World Soccer publicou o ranking dos maiores jogadores da década, segundo votações dos leitores ao longo destes últimos anos. A escolha de Ronaldinho não é nada indevida e logicamente não está baseada em seu momento atual.

A lista mostra o quanto na Europa o desempenho nos clubes é muito mais importante do que Copas do Mundo, ao contrário da visão sulamericana. Caso contrário, como explicar a ausência de Ronaldo e Rivaldo, que também tiveram desempenhos incríveis no Real Madrid e Barcelona, do Top 10. Sem falar em Zidane, claramente outro top 10.

Minha revolta maior é o nome de Michael Owen em nono lugar... como assim? Ah, ok, a eleição é inglesa... mas Beckham, que fez mais do que Owen, está lá atrás, assim como Rooney, uma das principais figuras do papão Manchester United. Outro que não fez muito e está à frente de Rooney e Beckham é o russo Arshavin, que começa agora a trilhar um competente caminho na Premier League no time do Arsenal.

E como um Dom Quixote no meio de tantos moinhos europeus está ele, Juan Román Riquelme, único futebolista com carreira majoritariamente desenvolvida na América do Sul (leia-se: Boca Juniors).

WORLD PLAYER OF THE DECADE:

1) Ronaldinho 781 points
2) Lionel Messi 759
3) Cristiano Ronaldo 708
4) Thierry Henry 619
5) Kaka 567
6) Fabio Cannavaro 401
7) Pavel Nedved 394
8) Michael Owen 330
9) Luis Figo 290
10) Zinedine Zidane 270
11) Raul 261
12) Ronaldo 260
13) Andriy Shevchenko 230
14) Andres Iniesta 215
15) Michael Ballack 180
16) Xavi 163
17) Rivaldo 150
18) Fernando Torres 149
19=) Samuel Eto'o 146
19=) Frank Lampard 146
21) Steven Gerrard 134
22) Deco 130
23) Francesco Totti 107
24) Ruud Van Nistrelrooy 99
25) Oliver Kahn 90
26) Paolo Maldini 82
27) Didier Drogba 79
28) Juan Roman Riquelme 77
29) Adriano 73
30) Iker Casillas 59
31) Andrei Arshavin 54
32) Zlatan Ibrahimovic 53
33) Gianluigi Buffon 49
34) David Villa 46
35) Roy Makaay 40
36) David Beckham 37
37) Wayne Rooney 36
38) Diego Forlan 21
39=) Gabriel Batistuta 20
39=) Henrik Larsson 20

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Anfitriã, África do Sul se dá mal no sorteio da Copa

Qualquer combinação México, time da África que não fosse a Argélia e França seria letal para os cabeças-de-chave no sorteio de hoje da Copa do Mundo. E pelo sorteio, foi isso que aconteceu para a anfitriã África do Sul, que só não enfrentará a Nigéria também pela exceções do evento (times da África e América do Sul não se enfrentam entre si na primeira fase).

Já o Brasil também não pegou moleza. De consolo, fica a estreia mais tranqüila contra a Coréia do Norte, porque, depois, o risco de ficar fora da Copa existe com Costa do Marfim e Portugal pela frente.

Vamos à brincadeira que irá dominar as rodinhas de bar até o início da competição mais aguardada da Terra: quem irá passar para a próxima fase?

Meus palpites estão aí embaixo. O que você acha?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Saga "Crepúsculo" se aproveita da temporaneidade da paixão


Histórias originais são raras e, para variar, a maioria esmagadora das canções e filmes são sobre o amor. E de tempos em tempos, uma delas é eleita como representante do zeitgeist. E, graças às técnicas literárias de Stephenie Meyer ou não, Crepúsculo foi eleito o "Romeu e Julieta" deste início de século.

O segundo filme da série, Lua Nova, traz referência direta à universal história de Shakespeare, utilizada como metáfora ou cópia descarada por tantas vezes. As más atuações do casal protagonista Robert Pattinson (o vampiro) e Kristen Stewart (a "aborrecente") ganham a companhia agora mais destacada de Taylor Lautner (o lobisomen), a ponta mais fraca do triângulo amoroso.

A direção não tem maior criatividade que a da média dos videoclipes atuais, o que poderia ser um elogio se as superasse. Mas assim como o presidente Lula, o filme é a prova de erros ou deslizes e torce o nariz para as críticas: com duas semanas de exibição, quase meio bilhão de doláres foram arrecadados em todo o mundo.

Os estúdios de Hollywood riem a toa e já pensam em dividir o quarto e último filme da "saga" (Breaking Dawn) em duas partes. Mas deveriam estar realmente contentes pois a principal commodity do filme, a paixão, se renova a cada safra de adolescentes em todo o mundo. Qual será o "Romeu e Julieta" da próxima década?

Variações da mesma boa nota


"Vamos subir até o restaurante, porque ninguém come no Bob's, só pede milk shake". Este foi o meu comentário para minhas amigas Paula e Pri para evitarmos a fila no quiosque do unânime milk shake do Bob's. Pode ser um exagero, mas a delícia láctea é a melhor coisa do fast-food brasileiro.

O que descobri nesta quinta é que além do detestável Ovomaltine (acho que só eu odeio) e Chocolate, há outros sabores inusitados. Passo pelo prestígio e comento sobre o Maracujá, uma das poucas frutas que eu gosto. Apesar de um pouco doce demais (ok, pedi calda extra), é excelente para esta época do ano. Experimente a variação que ao invés do crocante enjoativo do ovomaltine tem as sementinhas da fruta como brinde.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Inovação em foco narrativo marca episódio de "House"


Depois de um último capítulo em que a piada sobre Mike Tomlin (técnico do campeão Pittsburgh Steelers) e Foreman foi o destaque, o episódio de ontem em "House" trouxe uma inovação no foco narrativo: e se a série fosse sobre Wilson e House fizesse aparições pontuais, ajudando o oncologista em seus casos?

Foi interessante não-acompanhar o caso em que House e sua equipe tentava descobrir o que acometia um mariachi de 240kg, já que apenas em relances a situação era mostrada. E também serviu para reforçar a personalidade do escudeiro do protagonista, capaz de doar parte de seu fígado a um paciente com câncer para salvá-lo. Sobre o acontecimento, House afirmou: "Se você morrer, eu vou ficar sozinho". Ótima frase para os fãs Hilson da série.

Se tecnicamente foi um episódio interessante, não acrescentou muito para o desenvolvimento das tramas principais. Cuddy e House estão longe de um acerto, se é que ele vai acontecer, e Cameron realmente se foi. O meu palpite é que ela voltará após o drama da morte de Thirteen devido ao mal de Huntington, incurável. Esta deve ser a morte chocante da temporada. Esperemos.

Cuecas e meias: vídeos, vídeos e mais vídeos


Se todas as negociações políticas fossem filmadas, a frase acima, usada no programa "Vídeos Incríveis", também poderia ser usada em um programa sobre como esconder o dinheiro das rotineiras propinas pelo Brasil a fora. Na cueca (com o precursor José Adalberto Vieira da Silva, irmão de José Genoíno, na foto), na meia, no soutien (por que não?), embaixo das barrigas protuberantes ou não, em malas ou bolsas Louis Vitton, o dinheiro corre solto como uma prática aceita não só pelos políticos, mas por toda a população ou a maioria dela.

Discorda? Como discordar se um país onde a eleição para governador distrital ficou entre o vencedor José Arruda (do DEM"O", ex-PFL), antes conhecido pelo escândalo do painel do senado e agora pela avalanche de vídeos, e o dinossáurico Joaquim Roriz? Este último deve ser o vencedor das próximas eleições em 2010, segundo apontam especialistas na política daquela unidade da Federação, ou seja, garantia de perpetuação das práticas já conhecidas e amplamente divulgadas ao longo dos anos.

Eles são corruptos porque nós, em nosso dia a dia, também somos e como ouço sempre por aí, "todo mundo que entra na política tem que fazer o jogo 'deles'".

E mais uma vez, no ano que vem, perderemos a chance de mandar uma forte mensagem por mudança, porque os mesmos ganharão. Eu e mais alguns que conheço, não vamos votar em quem tem mandato. E você?

Drew Brees destrói Patriots e Saints continuam invictos


Se os Patriots são os almofadinhas da NFL e têm várias estrelas, como o marido de Gisele Bündchen e seu parceiro de recepções Randy Moss, o New Orleans Saints conta com uma única: Drew Brees.

Distribuindo passes sempre para recebedores diferentes com algumas corridas salpicadas, o time é a sensação desta temporada da NFL, invicto junto ao Indianapolis Colts do já lendário Peyton Manning.

Na noite de hoje, o Saints se impôs no Superdome (foto, casa dos Saints) e não deu chances para Tom Brady. Se o ataque do time da Louisianna já é bem conhecido pelo bem sucedido plano aéreo, a defesa surpreendeu, pressionando Brady e anulando Moss na primeira metade do jogo. No fim, 38 x 17 para o New Orleans (5 TDs para Brees).

Junto aos Colts, Vikings e os próprios Patriots, os Saints podem surpreender até o grande evento esportivo mundial anual: o SuperBowl.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Kris Allen mistura sua guitarra às baladas pop em disco de estreia


O vencedor da oitava edição do programa American Idol apresentou suas cartas ao competitivo mundo da indústria fonográfica com o trabalho de estreia que leva seu nome: Kris Allen. E vai indo muito bem. Subindo nas paradas da Billboard, em sua quarta semana, o single de estreia "Live Like We're Dying" está em 41º lugar.

O estilo que marcou suas apresentações no programa de TV mais visto dos EUA (e talvez do mundo) está lá: guitarra, violão e sua voz calma. Junto a isso, estão as batidas pop-rock que povoam todos os outros trabalhos que se ouve por aí. Por vezes, acabam ofuscando o talento do jovem de 23 de Arkansas; por outras, acabam ajudando.

Um bom exemplo da parte negativa disso é a versão de "Heartless" no disco. A música de Kanye West foi considerada por todos como a cartada final de Kris para vencer o programa, quando ele a interpretou apenas em posse de seu violão. Na produção, o arranjo ficou interessante, mas longe de ser superior à simplicidade inerente ao cantor, de onde vem a sua força.

Os casos positivos da "intrusão" estão no single já citado, na animada "Can't Stay Away From You" e na fantástica "Before We're Come Undone", que tem um jeito de ser a música que pode levar Kris ao topo.

E voltando à simplicidade, foi com ela que Kris nos entrega a música mais com a sua cara de todo o CD, chamada "Alright With Me", que deveria ser trilha sonora de filmes de animação ou o tema de um final de semana animado em alguma praia agitada e ao mesmo tempo tranquila (sim, estou pensando em Waikiki).

A minha impressão geral é que o CD é muito bom, mas ainda gostei mais do trabalho pré-Idol de Kris, "Brand New Shoes", onde violão e voz mandam e agradam muito, apesar dos nítidos erros de estúdio. Vale a pena conhecer, mesmo não sendo fã.

domingo, 22 de novembro de 2009

Adam Lambert candidata-se a ídolo pop com "For Your Entertainment"


Eu errei, confesso. Durante o American Idol, afirmei que um DVD de um show de Adam seria mais interessante do que o seu CD, o qual dificilmente conseguiria escutar por uma hora seguida. Não só consigo como já tenho músicas favoritas e que se repetem no meu celular.

Com "For Your Entertainment" Adam confirma a expectativa para se tornar um ídolo do pop-rock no cenário mundial. Os produtores souberam domar suas acrobacias vocais e usá-las a favor das músicas e dando uma assinatura a elas. Várias colaborações importantes na produção e composição também favorecem o CD, como Pink e a diva atual, Lady Gaga, nas faixas "Whataya want from me" e "Fever", respectivamente.

Pitadas do glam rock, do pop dos anos 80 e da dance music dos anos 90 estão por toda parte. O resultado desta mistura pode ser conferido em "Music Again", "A Loaded Smile" e "If I Had You". O pop-rock também se faz presente com "Aftermath", "Strut" (parceria com a juíza do Idol Kara Dioguardi) e "Time for Miracles", trilha do filme 2012 e que pode levar Adam a cantar no Oscar do próximo ano.

Com um CD que deve rapidamente subir nas paradas americanas, não serão surpresas as indicações no próximo Grammy. Creio que é só aguardar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Destempero, o teu nome é Palmeiras

"2012" é metáfora do apocalipse moral de nossos tempos


Se você é um bilionário russo egocêntrico, você morre; se você é adultero ou amante, você morre; se você se afasta de sua família, você morre; se você afasta uma família de si mesma, você morre*. Mas não preocupai-vos, ainda há tempo para a redenção.

Contra todos os prognósticos e preconceitos, “2012” é um ótimo filme e o melhor do mestre do cinema-catástrofe Roland Emmerich. A produção mostra o fim dos tempos através de uma teoria astrofísica que foi prevista pelos maias há mais de mil anos. As explosões solares, que nos bombardeiam com neutrinos a todo o instante, atingem um nível nunca antes visto e transformam o centro da terra em chocolate derretido.

Acompanhamos personagens que, a princípio, nada tem a ver um com o outro e, assim que terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas inesperados (e belíssimos) ocorrem, seus destinos se unem em uma lição de moral conservadora soterrada pelos fantásticos efeitos visuais. Careta? Pode ser, mas talvez tenhamos virado o fio na era de Aquarius e como Buda nos ensinou, devemos seguir o caminho do meio.

O interessante é que novamente um filme de Emmerich termina com uma reflexão sobre como a política internacional americana e dos outros países do primeiro mundo deveria também convergir para a tolerância com os mais pobres. Em "The Day after Tomorrow", o vice-presidente dos EUA agradece o asilo dado pelos países de terceiro mundo, já que seu país estava totalmente congelado.

Aqui, em "2012", sensores de computador estão espalhados por todo o mundo, câmeras monitoram e notícias vem de todas as partes (até a Globo News notíciou a destruição do Cristo Redentor no filme)... menos da África, um continente esquecido na fome e na miséria. E da destruição apocalíptica mostrada, lá, onde a humanidade começou, é o continente menos atingido e que servirá para o recomeço de todos.

*PS: Seguindo a regra inflexível de todo filme americano, é óbvio que o cachorrinho não morre.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dilemas éticos expõem teorias Alfa e Ômega em "House"


"Teamwork" é um dos episódios mais bem escritos de todas as temporadas de "House". E teria que ser para explicar a partida de um dos pilares da série, a Dra. Alisson Cameron. Seu marido, Chase, finalmente contou sobre o incidente que o levou a assassinar por meios médicos o ditador Dibala em "The Tyrant". Os dois decidem então fugir do cenário onde tudo se passou: o hospital Princeton Plainsboro.

Alisson o perdoou, mas culpou House por criar todo o ambiente favorável para que seu amado chegasse a essa medida extrema, tornando-se uma espécie de Alfa dentro da discussão ética proposta pelo capítulo.

House consegue sua licença médica de volta e reassume o cargo de chefe oficialmente; no entanto, sua equipe está reduzida a Foreman. Para reagrupá-la, provoca dúvidas no casal sobre o perdão de Cameron a Chase, mostra a Thirteen que seus últimos anos de vida antes de morrer por Huntington podem ser mais significantes trabalhando na equipe e atormenta Taub em seu enfadonho consultório de cirurgia plástica.

Como um Iago ou uma Lady MacBeth, House planta e colhe os frutos de suas táticas manipuladoras, porém catárticas, e, além de reagrupar sua equipe (daí o nome do episódio), salva o paciente e põe em pratos limpos todos os medos que Chase, Cameron, Thirteen e Taub tinham. Para ele, os fins sempre justificaram os meios, sendo ele o Ômega da discussão ética.

Nesta guerra, quem teria razão: Alfa ou Ômega? Ser mais emotivo ou objetivo? Com o passar da idade, vemos que não existe uma escolha correta... nas duas, há conseqüências e grandes diferenças. Resta-nos apenas saber com qual dos dois lados lidamos melhor.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Riquelme: Libertadores 2010, só no Corinthians


A má campanha do Boca Juniors no torneio Apertura tirou a equipe da próxima Libertadores. Isso colabora com as intenções do clube argentino em negociar seu maior ídolo com o Corinthians, devido a má sua situação financeira dos portenhos.

Resta ao meia se desapegar do clube onde ele se sente em casa para aceitar o desafio de ser ídolo no Brasil. Esperemos os próximos capítulos da novela que deve agitar o final de ano no Corinthians.

No duelo dos super quarterbacks, Peyton Manning vence


Indianapolis Colts e New England Patriots mostram neste Sunday Night o porquê o futebol americano é um jogo muito, muito emocionante. No duelo entre os super quarterbacks, Peyton Manning conseguiu levar os Colts a uma virada no último quarto contra o Patriots de Tom Brady: 35 a 34.

Manning é o mais inteligente quarterback da década, lê as jogadas como ninguém e lança próximo da perfeição; Brady consegue completar mais passes, tem 3 Super Bowls no currículo (dois a mais que Manning), mas tem um melhor time ao seu lado para ajudá-lo. No jogo, Manning completou 4 touchdowns, com duas interceptações; Brady, 3 touchdowns e uma interceptação.

E contra isso, Peyton Manning provou ser o melhor da década na NFL. Sua eficiência fez com que o técnico dos Patriots, Bill Belichick, aos dois minutos do final, arriscasse uma 4 para duas jardas, perdesse a posse de bola em torno da linha de 30 jardas e visse o seu temor tornar-se realidade: uma derrota de virada após uma vantagem de 17 pontos no placar.

Os Colts continuam invictos e se colocam como o time favorito a chegar no Super Bowl. Quem será o desafiante?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"Coco avant Chanel" lembra, mas não toca o mito


A importância de Coco Chanel para a revolução feminina no século XX é imensa. Libertá-las do espartilho, aproximá-las das confortáveis vestimentas masculinas e criar uma identidade a partir deste ponto mudou toda uma relação das mulheres com seu próprio corpo e mente. "Coco avant Chanel", o filme, nos lembra de tudo isso e nos remete ao embrião desta personalidade ímpar... mas, como obra cinematográfica, fica apenas no quase.

A narrativa linear de Anne Fontaine, a diretora, é correta, mas pouco audaz; a interpretação de Audrey Tatou no papel título tem alguns momentos brilhantes, mas lhe falta potência para transcender a tela e tocar o mito Chanel. Entre os coadjuvantes, Benoît Poelvoorde, que faz o homem mais velho que se aproveita (e também é explorado por ela) e acaba apaixonado por Coco, é o destaque.

Se nos aspectos emocionais (direção, atuação e roteiro) o filme não passa de bom, nos técnicos apresenta nuances bem interessantes: a trilha sonora de Alexandre Desplat casa muito bem com a grife Chanel; o figurino vai evoluindo muito gradativamente, com Chanel criando aos poucos esboços do que ao final, torna-se uma criação única até aquele momento de nossa história. Obviamente neste quesito, figurino, a produção não poderia dar um ponto sem nó.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dez anos depois, apagão assola Brasil novamente


Interessante que um dos temas tratados nas eleições de 2006 foi a possibilidade de haver um apagão elétrico no Brasil a partir de 2010. A então ministra da energia, Dilma Rousseff, agora pré-candidata à presidência, garantiu que o governo trabalharia para afastar a hipótese.

Hoje, com calor, rodeado de pernilongos e com meu carro à perigo (pois o portão automático estava aberto justo na hora da pane), senti na pele todo o planejamento do governo federal para evitar o apagão... que voltou a acontecer!

Com a volta da energia, gastei quase um frasco de SBP no quarto, fui tomar um banho e retornei para achar uma notícia na qual Dilma garantia que o apagão estava afastado. Para minha surpresa, a notícia não tem tanto tempo: foi publicada no último dia 29 de outubro, no site G1. Clique e leia.

Vamos ver quais serão as desculpas dadas pela manhã, quais serão as explicações e por que o PAC não está funcionando, ao menos neste setor.

No governo imperial, havia um ditado que nada havia mais parecido com um liberal que um conservador e vice-versa. O governo do PT é tão parecido ao do PSDB (Lula x FHC) que até mesmo neste apagão literal quis copiá-lo. Será que queremos mais do mesmo para as eleições de 2010? Eu não quero.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Segredos (des)conhecidos são revelados em "House"


O sétimo episódio ("Known Unknowns") da sexta temporada de House teve três grandes segredos revelados. Dois deles, não eram de nosso conhecimento: o detetive Lucas, personagem que apareceu na quinta temporada e ocupou o lugar de Wilson como melhor amigo de House durante a briga dos dois, tem um caso com Cuddy; e o outro é que o oncologista do Princeton Plainsboro pratica eutanásia nos pacientes que sofrem impensáveis conseqüências com o estágio terminal de câncer.

Enquanto o primeiro segredo destrói o coração de todos os fãs que torcem pelo casal Cuddy e House, o médico não se abala e ainda evita que seu melhor amigo faça um discurso de mea culpa suicída sobre sua prática ilegal de eutanásia em um congresso médico.

Em New Jersey, os três porquinhos (Cameron, Chase e Foreman) tentam dignosticar um caso de uma adolescente: ou seja, duas vezes mais mentiras que o normal no histórico da paciente. Em meio às investigações, Chase e Cameron discutem o que está corroendo o australiano de culpa e no final do episódio, a reveleção da qual tínhamos conhecimento e que todos sabem ser o catalisador dos acontecimentos futuros com os protagonistas da série: Chase revela que matou o ditador Dibala e seguramos nossas respirações até a próxima segunda.

sábado, 7 de novembro de 2009

É não é que responderam a minha pergunta

O Lance! respondeu o que é que o Grupo Sonda ganha com a aquisição de Riquelme para o Corinthians na manhã seguinte do meu post sobre o assunto. É só clicar aqui.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Futebol, mais conhecido como "Minha adorável..."


Muitas notícias circulam sobre a vinda de Riquelme ao Corinthians, o que no plano esportivo é fantástico. O argentino talvez tenha sido o segundo meia mais fantástico que vi jogar depois que comecei a entender de futebol. Zidane foi o primeiro e Zico e Maradona são de uma época em que só gritava gol.

Mas o como se dará a compra do meia do Boca Juniors é que eu não entendo. Se um grupo de investidores fosse à Argentina para comprar Defederico, entenderia totalmente, já que o jogador tem apenas 20 anos e será com certeza revendido para a Europa por muito mais dinheiro.

Este não é o caso de Riquelme. Aos 31 e com uma passagem a apagada por Barcelona e Villareal, o meia dificilmente trará retorno financeiro em uma futura negociação. Alguém aí sabe me explicar o que ganhariam os investidores?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É muito difícil apitar direito?


Em um jogo chato e insosso, em que Grêmio e São Paulo, duas equipes que pensam que estão na década de 80 e na Inglaterra (dá-lhe bola na área!), empataram por 1 a 1 no que prometia ser o jogo da 34ª rodada do Brasileirão, o destaque foi o árbitro Jaílson Macedo Freitas.

Diferentemente do árbitro do empate em 2 a 2 de Palmeiras e Corinthians no domingo, Heber Roberto Lopes (da FIFA!), que deixou de expulsar o zagueiro palmeirense Danilo por ter dado o vermelho minutos antes para o goleiro Marcos, o árbitro baiano não amarelou. Ele botou para fora os são paulinos Borges, por agressão, Dagoberto, por carrinho por trás (quase a mesma jogada de Danilo, que entrou de frente em Jorge Henrique), e Jean, por segundo amarelo, em questão de menos de 15 minutos.

Ele não contemporizou e simplesmente aplicou a regra em lances claríssimos. Se Jaílson Macedo Freitas pode fazê-lo hoje, por que será que é tão difícil apitar direito em lances claros, como foi a agressão sofrida por Jorge Henrique em Presidente Prudente?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Jim Parsons cria ícone em "The Big Bang Theory"


"Seinfeld" e "Friends" acabaram e o vazio nas séries americanas de um show que girava em torno de um grupo de amigos permanaceu até o aparecimento de "The Big Bang Theory". Relutei a começar a assistir a série por simplesmente considerar que já assistia a muitas (24, Heroes, House e Lost).

O que foi bom nesta recusa é que pude ver em semanas as duas primeiras temporadas desta série hilária, que claramente não supera a qualidade de "Seinfeld" ou o sucesso de "Friends", mas não deixa de ter seus méritos por sintetizar o "Zeitgeist" do início deste milênio: a tecnologia faz parte do nosso cotidiano e nada melhor que os gênios desta nova era serem os protagonistas do show.

E claramente, entre os protagonistas, há um maior: Jim Parsons e seu icônico Sheldon Cooper. Na era do MSN, Skype e SMS, a incapacidade de se relacionar com os outros seres humanos se torna natural. Sheldon parece uma mistura de Spock com C3PO, com frases intermináveis e explicações científicas para tudo.

Mas Jim Parsons me diverte realmente com suas mímicas a la Marcel Marceau. Suas expressões faciais arrancam risos fáceis. Os outros personagens, divertidos até, parecem apenas estar ali para servirem de escada para este talento que foi devidamente reconhecido com uma indicação ao Emmy como melhor ator de comédia na edição deste ano.

Não tardará para a estatueta do Oscar da TV americana parar na estante de Parsons. Enquanto isso, seguimos rindo e aprendendo com o personagem cômico mais interessante deste final de década: Sheldon Cooper.

"Besouro" é o primeiro filme brasileiro de ação


Com coreografias de Huen Chiu Ku, de Kill Bill, e ótimos aspectos técnicos como montagem, fotografia e som, algo raro em produções nacionais, "Besouro" nasce como primeiro filme de ação brasileiro com qualidade de Hollywood.

O grande mérito do filme sem dúvida é a direção de João Daniel Tikhomiroff, que contorce a história que pega carona na Capoeira e no Candomblé para dar certa poesia a um enredo que no fundo, é batido: negros oprimidos tem o seu líder morto e o aprendiz lidera todos a se revoltarem contra o status quo.

As atuações do elenco, em sua maioria, estreante, são fracas, com exceção de Irandhir Santos, no papel do capanga Noca. O final, assim como os filmes americanos de onde a inspiração de "Besouro" claramente vem, indica para uma seqüência nada original: o filho que quer vingar a morte do pai.

Se o filme tem muitos pontos negativos, talvez valha a pena ser assistido nos cinemas por dois motivos: seu "pioneirismo" por ser um filme nacional com padrão hollywoodiano de qualidade e por, como outros filmes de ação, realmente só valerem a pena nas telonas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oscar glamouroso com Adam Lambert


O novo ícone do glam-rock tem grandes chances de catapultar sua carreira de vice-campeão do American Idol para uma aparição no Oscar. Sim, Adam Lambert pode ter em fevereiro de 2009 sofrido com Simon Cowell e em fevereiro de 2010 estar na maior festa do mundo, a entrega dos Academy Awards.

Tudo graças à canção "Time for a Miracles", trilha sonora do filme-desastre 2012, do mestre do gênero Roland Emmerich. A música é totalmente padrão de trilhas sonoras, mas ganha um bridge com a cara do Adam, cheio dos gritos que só ele consegue fazer. Nada novo, mas como a norma da Academia agora é agradar os filmes que vão bem na bilheteria, e acredite, mesmo sem estrear digo que 2012 irá muito bem, esta deve ser uma das indicações do blockbuster. Me arrisco a dizer também som, efeitos sonoros e visuais? Sim, fácil, né não?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mercosul ganha mais um pseudomembro


O Brasil caminha para incluir a Venezuela no Mercosul, no que seria o fortalecimento da América do Sul. Será mesmo? O tal Mercado Comum do Sul nunca conseguiu decolar como uma zona de livre comércio, vide a recente pendenga entre Brasil e Argentina.

Ambos países colocam entraves nas exportações dos mais diversos produtos, o que acaba sabotando a união aduaneira que nasceu em 1991 e ainda não ganhou sua verdadeira força. E provavelmente ela não virá com a adesão do governo que serve como exemplo antidemocrático para todo o continente americano e que vem espalhando sua ideologia, vide Bolívia, Equador e agora, Honduras.

O apoio do governo do PT a Zelaya e Cháves mostra o quão dividido o partido está em sua identidade: economicamente, segue a cartilha capitalista e vem colhendo excelentes frutos; já na política internacional, ainda flerta com o socialismo. No caso de Honduras, talvez não haja alternativa correta; já com Chávez, abraçá-lo nitidamente não é a melhor opção.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"Além de Darwin" é só o começo


Em uma noite regada a Lambrusco (hic!), fui ao lançamento do livro “Além de Darwin”, do meu amigo Reinaldo José Lopes. A livraria Capítulo 4, no Itaim Bibi, teve uma noite movimentada, com fãs do blog que deu origem ao livro e amigos de longa data e de trabalho de Reinaldo.

Acredito que “Além de Darwin” seja apenas uma fagulha na labareda literária que Reinaldo tem a oferecer a todos. Fico à espera de uma ficção fantástica (em todos os sentidos) que ele ainda vai produzir com certeza.


Parabéns, Reinaldo!

domingo, 25 de outubro de 2009

1º Game UP: Campeonato de FIFA Soccer 2010


Neste sábado, fui o árbitro do primeiro campeonato de FIFA 10 promovido pelo programa Game UP, da ESPN Brasil. Os jogadores enviaram seus gols e os mais bonitos tiveram direito a participar de um torneio do tipo Copa do Mundo, com fase classificatória de 4 grupos, com 4 participantes cada.

O campeão foi Rodrigo Dias, esse aí que tirou a foto comigo. Em uma final emocionante, ele estava jogando com o Barça diante do favorito Carlos Sérgio, que com o seu Liverpool e El Niño Torres, vinha ensacolando seus adversários. Mas na final, os Reds perderam na prorrogação, por 2 a 1.

Sobre o FIFA 2010, usando analogia com o meu mais novo mundo, o dos carros, os acessórios estão mais bonitos e variados, mas o motor é o mesmo. Não há muitas mudanças na jogabilidade, tanto que consegui vencer a Inter com o Real Madrid por 4 a 0 em meu primeiro jogo e na dificuldade máxima.

O juiz está em campo, e desvia das bolas; as cobranças de falta são feitas sem cortes de câmera e você pode escolher o batedor sem pausar; a física da bola está mais real; e algo sintomático da má fase de Ronaldinho Gaúcho: ele não é mais o Arena Player, e sim, Shrek, quer dizer, Wayne Rooney.

Acredito que no próximo mês já estarei com a minha versão em mãos e poderei dar mais detalhes deste jogo que está na minha vida desde 1994. E para quem não sabe, fui consultor das versões 2004 a 2009. FIFA é a minha máxima diversão!

sábado, 24 de outubro de 2009

"Transporter 3" entrega ação acéfala na medida certa


Óbvio que "Transporter 3" (Carga Explosiva) tem cenas desnecessárias, constrangedoras até. Atuações pedantes, principalmente do vilão, entupido de frases de efeito, algo que não escapa do protagonista, Jason Straham, no papel que o catapultou para o "estrelato".

Mas o que mais você poderia querer em um sábado à noite, quando você está wasted de um dia cansativo: o cara não pode se afastar de um carro por mais de 20 metros senão, tudo explode... e além disso, acompanhado de uma gata ucraniana chapada, querendo fazer de um tudo? O enredo que se exploda!

As cenas de ação são muito, muito criativas. E talvez o que haja de bom no filme venha de Luc Besson (Nikita), que assina o roteiro e produção. Os cortes que lembram muito videos com buffering da internet e lutas coreografadas dão a medida certa para a pancadaria. Mas o melhor fica para a cena do lago... como ninguém pensou naquilo antes? Imperdível (para quando você não estiver fazendo nada)! Procure no Telecine os horários.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Fantasmas assombram em "House"


Na quinta semana de exibição, o episódio "Brave Heart" mostra na verdade mentes assombradas com os erros do passado. Enquanto House revive seus pesadelos com Amber na casa de Wilson, Chase lida com a culpa de ter matado o ditador Dibala no episódio "The Tyrant".

O caso médico da semana é sobre um policial que tem um histórico familiar assustador: pai e avô não passaram dos 40 anos, vítimas de ataques do coração. Enquanto o caso tem reviravoltas diagnósticas quase que literamente fantasmagóricas, House caça os seus, mas Chase parece ainda mais mergulhado em um mar de agonia que, nos próximos capítulos, pode se tornar um tsunami em sua carreira e casamento.

Houve uma cena deletada no final do capítulo, talvez por ser um tanto melodramática e não combinar tanto com House. Mas não custa ver, né? Então, clique aqui.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sétima vitória, primeira partida como titular


Nunca, mesmo, pensei que um dia fosse jogar algum campeonato paulista de qualquer coisa; muito menos pelo Corinthians; muito menos como titular de uma equipe. E aconteceu.

Na vitória de 18 a 8 do Steamrollers neste domingo pela Liga Paulista de Flag, lá estava eu, de defensive tackle, minha posição favorita. Consegui dois tackles for loss e, com a apoio de todos, fui um dos destaques da partida.

Bom, mas se você quer mais é saber do futebol americano do Timão, clique aqui.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Bastardos Inglórios" tem a marca de Tarantino


Diálogos afiados, direção original, sangue, drama, risadas e elenco interessante. "Bastardos Inglórios" é um filmão acima da média com certeza, mas talvez seja o terceiro melhor de Tarantino, atrás de Pulp Ficcion e Kill Bill vol 2.

O filme foi criticado por ser muito longo e ter diálogos intermináveis. Para mim, todos as falas e cenas foram necessárias para construir a história, especialmente a do vilão nazista Coronel Landa, interpretado pelo austríaco Christoph Waltz, o destaque incontestável do filme e forte candidato ao Oscar de coadjuvante do próximo ano (a cena da foto foi longa, mas o diálogo calmo e penetrante foi totalmente vital para construir a personalidade perspicaz e sádica de Landa).

O que talvez falte para "Bastardos" ser uma obra-prima está em sua previsibilidade dentro do gênero Tarantino. Óbvio que o diretor inovou ao levar o seu estilo para o gênero "filme da Segunda Guerra", mas para quem é fã, é fácil sentir que a História ali não seria seguida e tudo poderia acontecer (e do jeito que aconteceu).

O desfecho é divertidíssimo, assim como deve ter sido para Brad Pitt realizar este filme. A cena em que sua trupe tenta enganar Landa com um italiano paraguaio é hilária, além do humor-negro salpicado aqui e ali, em especial na seqüência final.

sábado, 17 de outubro de 2009

Distrito 9 dá nova cara à ficção científica


O filme Distrito 9 já começa diferente dos outros Sci-fis de ação por ser produzido pelo neozelandês Peter Jackson e dirigido pelo novato sulafricano Neill Blomkamp. Aqui, os extraterrestres não são uma ameaça poderosa e querem destruir a terra, ameaçando segundo a segundo a vida dos pobres humanos com suas naves ultratecnológicas; ao contrário, sua nave quebrou, eles vivem em favelas e não são bem-vindos em Johanesburgo (e não em Nova York ou Chicago), África do Sul.

A história central lembra um pouco Dança com Lobos (um branco e um índio que trocam experiências em meio a um fogo cruzado entre os dois lados) e Inimigo Meu (aqui, uma referência mais forte, pois os dois lados são realmente um humano e um alien). A grande diferença está no protagonista, interpretado brilhantemente por Sharlto Copley: Wikus Van De Merwe é encarregado pela empresa MNU de mudar "gentilmente" o "acampamento" dos "camarões" (assim são chamados pejorativamente os aliens).

No entanto, um acidente com um fluído acaba por transformar Wikus em um híbrido capaz de desvendar a chave para acessar a tecnologia alienígena que a empresa MNU tanto quis durante os 20 anos de exílio forçado dos "camarões". Sharlto pula de um completo almofadinha para um fugitivo desesperado para tentar reaver a sua humanidade.

Outros trunfos do filme são os homens por trás das câmeras já citados: enquanto Jackson garantiu a excelente qualidade dos efeitos visuais e maquiagem por conta de seu know-how em "O Senhor dos Anéis", Blomkamp misturou as linguagens dos documentários com filmes de ação para criar um visual aterrador.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Errata interessante sobre o Prêmio Nobel


Em meu post sobre o Prêmio Nobel da Paz, cometi um erro ao dizer que o comitê que decidiu laurear Barack Obama era sueco. A origem do Prêmio vem de Alfred Nobel, o cientista que inventou a dinamite e, por dor na consciência, criou o fundo que deu origem a este que é o reconhecimento mais cobiçado das ciências.

Os prêmios de medicina, literatura, química e física são entregues em Estocolmo, Suécia. O prêmio de economia nunca foi criado por Nobel e, na verdade, é um reconhecimento do Banco Central da Suécia ao cientista e equivale aos outros.

Já o Prêmio Nobel da Paz foi entregue em 1902 pela primeira vez em Oslo, que então ainda era parte da Suécia (a Noruega se tornou independente em 1905), e continuou assim até hoje. Deixando claro então, o comitê que decide o Prêmio Nobel da Paz é norueguês. É isso, "wikipediando" (e conferindo em outras fontes) e aprendendo.

House mata três coelhos com uma só bengalada


Depois de um início promissor e o melhor episódio da série até então (The Tyrant), a sexta temporada dá uma desacelerada em sua quarta exibição. Em "Instant Karma", um bilionário vê seus negócios prosperarem enquanto seu filho definha sofrendo de uma doença desconhecida.

Enquanto a notoriedade de House leva o garoto ao Princeton Plainboro, Foreman e Chase estão com a cabeça distante, tentando se livrar dos "erros" médicos cometidos na morte do ditador-genocída Dibala.

House ao mesmo tempo que consegue desvendar os enigmáticos sintomas, tenta trazer Thirteen de volta ao time e ainda, por debaixo dos panos, aponta uma saída para os aflitos integrantes de sua equipe escaparem da inevitável investigação. Nada mais, nada menos que um gênio não faria.

sábado, 10 de outubro de 2009

"Deixa ela entrar" é um caleidoscópio


O filme sueco que está na boca de todo mundo conta a história do frágil garoto Oskar, alvo de bullying em sua escola, e sua nova e sinistra vizinha, Eli. Enquanto o menino vai aprendendo a revidar contra seus problemas, Eli ataca um ou outro habitante da cidade, já que é uma vampira.

A amizade entre os dois vai se fortalecendo até um ponto em que estão em completa simbiose: Eli protege Oscar à noite, enquanto Oscar afasta os perigos do sarcófago durante o dia.

O que parece ser uma tocante história de um amor pré-adolescente na verdade é apenas um conto sobre uma vampira de "12 anos, mas 12 anos há muito tempo" que necessita de um novo servo para suas necessidades nos próximos 50 anos.

Eli não se muda para a vizinhança de Oskar sozinha, mas sim com um suposto pai, que a ajuda a obter sangue fresco dos adolescentes locais. Seu fim é ser descartado como lixo pela vampira. Como a história se passa no final dos anos 70, neste momento, Oskar estaria sendo sugado e jogado às traças em algum canto da fria Estocolmo.

Vampiros são romanticos, não? Think again, fãs do Crespúsculo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"The Time Traveler's Wife" explora inevitabilidades da vida


Em vez do Homem Invísivel, filme e ícone do imaginário do histórico de ficções científicas, temos um romance-ficção científica do Homem que, sim, desaparece, mas porquê viaja no tempo. Este é o ponto de partida do filme "The Time Traveler's Wife" (no rídico título em português "Te Amarei para Sempre").

Na produção de Brad Pitt, Eric Bana é o amado de Rachel McAdams e juntos, enfrentam as agruras de uma relação em que nem sempre o marido está por perto nos melhores momentos, pois uma força maior o arrasta para longe. Metáforas do cotidiano comum?

Bana viaja no tempo, mas, mesmo dando pistas sobre o futuro a seus entes queridos, não consegue evitar o dura cronologia dos fatos. Desencontros, felizes e infelizes, acontecem, mesmo com o protagonista tendo um poder que muitos invejam.

O tempo parece sempre seguir seu curso, firme, nunca sendo mudado, mas transformando a percepção das pessoas sobre o amor, a vida e, principalmente, a morte.

Thank you, George W. Bush


É isso o que o presidente Barack Obama, o novo Nobel da Paz, deveria dizer. Há pouco menos de um ano no posto de homem mais poderoso do mundo, suas atitudes totalmente diversas do "atira primeiro, pergunte depois" de Bush são as verdadeiras responsáveis pelo prêmio mais conhecido da humanidade. O contraste entre a intolerância do texano e a diplomacia do havaiano deram ao comitê sueco essa alternativa até um tanto quanto inesperada de escolher o presidente dos EUA como o laureado do ano.

Mas o prêmio, que a princípio dá prestígio a um Obama um tanto abatido no momento atual nos EUA (até mesmo a perda de Chicago como sede olímpica estava sendo usada para desprestigiá-lo), pode respingar negativamente para o presidente e também para o comitê sueco. Nunca se sabe o que o futuro destina: Obama pode ser forçado a uma intervenção mais forte no Afeganistão e problemas com Coréia do Norte e Irã tem grande potencial bélico.

Que saia justa não será para um premiado Nobel da Paz ter que invadir um país? E o comitê, com que cara ficará? Noc, noc, noc...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Realities e consoles invadem a vida real em "Gamer"


Em alguns outros posts, comento que cada vez mais Hollywood aglutina em uma única célula de entretenimento em massa cinema e videogame. "Gamer" propõe a aglutinação da realidade aos videogames. Um mundo onde os desafortunados participam de reality-games, ganham uma grana, mas são comandados pelos ricos com recursos suficientes para pagarem à companhia que tudo controla, como um verdadeiro Big Brother em um futuro não muito distante.

A premissa assustadora mas não improvável é bastante interessante. Já o desenrolar da história, nem tanto. Dirigido em um frenético ritmo inspirado em HQs pelos desconhecidos Neveldine e Taylor, a produção tem uma trama pobre, que não passa de um filme de Charles Bronson dentro de "The Sims" - Gerald Butler é Bronson, acusado injustamente de um crime e tem que realizar hérculeos trabalhos (no caso, sobreviver a um jogo de combate mortal e bastante real, tendo seu cérebro controlado por um teenager) para salvar sua amada e filha. A inevitável e patética batalha entre o good guy e o bad guy obviamente acontece e com desfecho idem.

No mais, o filme propõe alguns palpites de como a tecnologia se desenvolverá num futuro próximo. Mais uma vez, a nanotecnologia e a conversibilidade de internet e TV estão lá. It is inevitable...

Quero ser um fiel torcedor... mas "the page cannot be found"


Quantas vezes você não procurou um produto porque viu na TV ou revistas a sua propaganda, linda, perfeita, chamativa e provocante e quis comprar e deu com os burros n'água? Marketing e realidade operacional das campanhas têm que estar casados para o produto obter sucesso.

A propaganda do Corinthians convocando seus torcedores a serem fiéis e se cadastrarem para turbinar financeiramente o Timão no ano do centenário é muito bem feita. Edu, William, Elias, Dentinho e Mano Menezes entoam o grito mais original já cantado por uma torcida brasileira em uma linda fotografia em preto e branco, com o símbolo do Timão o único detalhe colorido.

Assistindo ao Jornal da Globo, no intervalo, a propaganda passa. Eu, que já estava namorando a carteirinha modernoza, do século XXI, em que você chega ao estádio e passa por uma catraca, sem filas, entrei no site www.fieltorcedor.com.br e me decepcionei. Acho que deveria ter algum banner, bem chamativo, com algo do tipo "Seja um sócio-torcedor agora".

Foi difícil de achar a página para adesão ao programa e quando achei, decepção. O página estava fora do ar. Como eu, milhares de corintianos também devem estar decepcionados. Obviamente, não vou desistir. Espero amanhã, durante o dia, conseguir... porque afinal, "vamos, vamos meu Timão, não para de lutar!!!"

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"The Tyrant" reagrupa time original de "House"


Sem medo de errar, a terceira exibição da sexta temporada de "House" simplesmente brindou a todos com um dos melhores episódios da série, recheado de reviravoltas. Tudo voltou ao começo, mas não com as peças nas posições originais: Foreman é o chefe, House, apenas um consultor, e Chase e Cameron, os peões.

O caso: Dibala, o ditador de um estado africano responsável por um genocídio de uma minoria étnica em seu país. Interpretado brilhantemente pelo ator convidado James Earl Jones, o personagem provoca questões morais na equipe, que deve tratá-lo com aquela dorzinha na garganta de, se tudo der errado, evitar um massacre.

House, na casa de Wilson, tem seu próprio e intrigante caso para resolver. No entanto, seu verdadeiro esporte é irritar Foreman nos diferenciais: humor garantido, mas como sempre, ele é somente um tempero em uma série com dilemas pesados. E como sabemos, na vida real ou na série, eles sempre voltam para cobrar o preço devido. Qual será a quantia devida por Chase e Foreman neste caso?

Marquem este capítulo: "The Tyrant" estará presente, de uma forma ou de outra, no próximo Emmy. Já passou da hora de "House", a série, ganhar o prêmio máximo da TV americana.

Brett Favre coleciona mais um selo de lenda viva


Ao derrotar o seu ex-time de quase toda a vida por 30 a 23 em uma partida quase perfeita pelo Minnesota Vikings, o Quarterback Brett Favre carimbou mais um selo em seu hall de records na NFL. Agora, ele é o único QB a ter derrotado todos os times que disputam o futebol americano, pois só faltava o Green Bay Packers em sua estante.

Rumo aos 40 anos, ele deve ser também o primeiro QB a vencer um jogo nos play-offs e, com uma defesa fantástica a sua disposição, capitaneada pelo DE Jared Allen (4,5 sacks hoje contra Aaron Rogers), pode até mesmo chegar ao SuperBowl. Quem duvida?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Diego Souza é o Gerrard brasileiro


Meia-atacante cerebral, de força, de raça; fortes chutes de média distância, potência para ficar em pé nos trancos do adversários, visão de jogo para deixar o centroavante na cara do gol e bom na bola parada.

Todas essas características se aplicam tanto ao brasileiro Diego Souza, do Palmeiras, quanto ao inglês Steven Gerrard, do Liverpool. Os dois enfrentaram clássicos neste final de semana, encarando Santos e Chelsea fora de casa.

Mas enquanto Diego Souza vive um ótimo momento no líder do Brasileirão, tanto jogando como segundo atacante como quarto homem de meio-campo, Gerrard esteve perdido em Stamford Bridge e amargou uma derrota por 2 a 0. Já Diego Souza liderou o Palmeiras na vitória por 3 a 1 e tenta cavar uma vaga na Seleção Brasileira ao tornar-se o principal jogador do campeonato nacional.

Os dois se parecem também nas polêmicas. Mas enquanto Gerrard concentra suas confusões nos pubs e bebedeiras nas folgas, Diego Souza já protagonizou cenas de vale-tudo contra o zagueiro Domingos (do Santos), nas semifinais do Paulistão neste ano. Talvez isso o afaste de estar na Copa de 2010, coisa que Gerrard já garantiu.

PS: Falar sobre o Palmeiras, vá lá... mas foto, nunca! (hehehehehhe)

sábado, 3 de outubro de 2009

Lula consegue a sua cereja do bolo


O início do fim da era Lula foi coroado com a definitiva afirmação brasileira no cenário internacional: o país vai finalmente sediar uma Olímpiada. O carisma do presidente e o apelo do inedistimo dos jogos na América do Sul parecem ter sido fundamentais para a vitória. Além disso, o bom desempenho da economia verde-amarela colocou o Brasil em uma posição de prestígio internacional sem precedentes.

Lula vem rompendo barreiras durante a década: conseguiu tornar-se presidente; na reeleição, bancou a teoria de que o Estado deve crescer na economia de um país, o que provou ser fundamental para enfrentar a crise mundial, a maior desde 1929, e realmente torná-la "uma marolinha". O próximo trabalho de Hércules que o presidente se impôs é eleger a primeira mulher presidente da República, a ministra Dilma Rouseff.

Você pode estranhar o teor puxa-saquístico do texto, mas é inegável estas conquistas de Lula e também o seu carisma. O que critico no presidente e em seu governo é simplesmente o continuísmo da política de nepotismo e corrupção, a falta de compromisso ético com o que o PT dizia representar quando era oposição. Exigente demais? Pode ser, mas apontando ao utópico chegamos perto do ideal.