quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Indicações do Globo de Ouro deixam Brasil com água na boca


Saíram as indicações ao Globo de Ouro, o que pra mim é o início da temporada de filmes. Pelo menos um por semana, daqui, até o Oscar. Mas o que sempre acontece, todo ano, é que a maioria dos filmes ainda nem apareceram por aqui. Peguemos por exemplo, os indicados a melhor filme dramático. Dos cinco, apenas "Inception" ("A Origem") e "The Social Network" ("A Rede Social") há puderam ser vistos por nós. Faltam ainda "The King's Speach", o campeão de indicações (7), "Black Swan" e "The Fighter".

Várias indicações são interessantes, inéditas e impensáveis há alguns anos. Mila Kunis, a garota fútil de "That 70's Show", está entre elas; Colin Firth (foto, em "The King's Speech") e até Mark Walhberg são veteranos perto de James Franco, Jesse Eisenberg e Ryan Gosling, entre os atores; Natalie Portman parece ter encontrado o papel de sua carreira na história de uma bailarina obscessiva ("Black Swan").

Sinto falta de outras indicações para o surpreendente filme "The Town" (com o terrível título em português "Atração Perigosa"), de Ben Affleck, que podia estar entre os atores e até diretores. O único indicado é Jeremy Renner, que pelo segundo ano seguido, está entre os melhores, após o sucesso do filme vencedor do Oscar "The Hurt Locker".

Veja a lista no melhor site da Internet, o IMDB.

Vitória do Mazembe materializa Mundial de Clubes


Finalmente o sentido do Mundial de Clubes da FIFA se fez presente nesta que já é a sétima edição do torneio. A disputa, que veio substituir o Torneio Intercontinental da Toyota, entre o campeão sulamericano e o europeu, trouxe mais times, cada um de um canto do mundo: o campeão local, o campeão asiático, o africano, o da Oceania e da América do Norte e Central também tem a sua chance.

E hoje, a vitória merecida e convincente dos congoleses do Mazembe por 2 a 0 em cima do Internacional de Porto Alegre materializou a razão da existência da competição: promover o esporte em centros menos desenvolvidos e tradicionais, e sim, dar ao título de campeão mundial a sua devida amplitude.

O Mazembe agora aguarda o vencedor de Internazionale de Milão e Seongnam Ilhwa, da Coréia do Sul. Os italianos vão ter que lidar com uma zebra por vez.

PS: o primeiro gol é de quem sabe jogar bola. Linha de passe de quase um minuto para a assistência consciente de cabeça e um chute colocado de quem vai longe. Kabangu é o nome do gol!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

The Walking Dead aposta no drama e vira hit


O gênero zumbi já faz parte das produções cinematográficas há tempos. Desde os anos 30, os mortos-vivos assombram o cinema. Passaram por uma fase de crescimento nos anos 70, atingiram o ápice com o videoclipe de Michael Jackson, Thriller, e agora, nos anos 2000, voltaram a tona com remakes como "Madrugada dos Mortos" e spin-offs de jogos, como "Resident Evil". Paródias são a crista da onda no momento, como "Zumbilândia" (que terá a parte 2 no próximo ano).

Não havia muito mais o que inventar no gênero. Eis quando ele chega à TV. A TV a Cabo AMC apostou em "The Walking Dead" e achou uma mina de ouro. Os seis capítulos fizeram história, com a maior audiência de uma série na TV paga americana. Só que em vez de apostar na ação, tiros e zumbis atléticos, a produção, conduzida pelo excelente Frank Darabont (de "Um sonho de Liberdade") investiu no drama de casais e famílias diante de um apocalipse canibal.

Tanto que, no melhor capítulo até agora, o quinto, Wildfire, somente dois zumbis aparecem. O drama de perder uma irmã para sempre e de se tornar um "walker"(como eles dizem na série) são as mais fortes emoções ali. A primeira temporada só teve 6 episódios e na segunda, já confirmada, serão 13. Resta saber se a qualidade será mantida e como a história será esticada. Por enquanto, "The Walking Dead" é o mais novo hit entre as séries de TV.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Fincher amarra os nós de "A Rede Social"


David Fincher é um grande diretor e sempre pegou temas polêmicos/criminais como Se7en, Fight Club ou Zodiac para dirigir, além do realismo fantástico de Benjamin Button. Agora, o seu desafio foi fazer de uma narrativa comum, sem sangue ou magia na acepção pura da palavra, um filme com a sua assinatura.

Não há muitos pontos em comum de seu novo aclamado filme, A Rede Social, história da criação do Facebook, com os outros supersucessos supracitados. O que há de comum é mais um filme excelente, com outros pontos a serem ressaltados. Ao contrário dos outros filmes, não há superestrelas aqui. Jesse Eisenberg, que personifica Mark Zuckerberg, o criador-gênio da rede social, vem sendo aclamado para prêmios de melhor ator, mas não vejo nada de diferente em sua interpretação que não esteja no ator em si (a fala rápida e articulada) e o extremo sarcasmo, já mostrado em Zumbilândia.

O restante do elenco também é bem conduzido pelo exímio diretor, mas a força da história está essencialmente no roteiro, com flashbacks e forwards, texto corrido, que exige atenção da platéia. Enfim, Fincher transpôs para a tela a rapidez do Facebook no texto em que dirigiu.

Nota especial para a trilha sonora ousada e "datada". Tem a cara dos primeiros deste século. Daqui há décadas, saberão de quando é o filme pela trilha, assim como sabemos quando um filme é da década de 70.