terça-feira, 27 de julho de 2010

O (bom) rascunho de Mano Menezes


Em menos de 48 horas, lá estava Mano, pagando por toda a antipatia de Dunga em uma coletiva de mais de uma hora de duração, em que o competente ex-técnico do Corinthians foi empossado para o cargo mais importante da nação (alguém vai discutir?). E neste tempo, ele entregou o Timão em primeiro no campeonato e já teve que montar a sua primeira escalação.

Esta seleção de Mano Menezes não é a definitiva para a Copa, longe disso, mas o começo de uma fase de testes que irá lapidar os 23 nomes finais que jogarão a Copa mais pressionada de uma Seleção Brasileira: a Copa no Brasil em 2014.

Se alguns nomes são uma icógnita do que podem render, como Ederson, um habilidoso meia que não conseguiu se destacar no Lyon, ou Jucilei, do Corinthians, e o atacante André, do Santos, há indícios de acertos na mosca de jogadores que podem sim ser já titulares em 2014.

A dupla de zaga Thiago Silva, já uma unanimidade, e David Luiz (foto), uma novidade muito bem-vinda, tem tudo para seguir e serem os substitutos naturais e técnicos dos excelentes Juan e Lúcio.

> A lista completa

segunda-feira, 26 de julho de 2010

E se Bernardinho pensasse como Ronaldinho Gaúcho?


Quem pode culpar Ronaldinho Gaúcho por sua queda de rendimento nos últimos anos? Campeão mundial na Copa de 2002, duas vezes o melhor do mundo jogando tudo pelo Barcelona, um dos maiores times do mundo, milionário e astro das mais diferentes propagandas alardeadas em todo o globo. E mesmo assim, depois do declínio, joga no Milan, especializado em contratar supercraques brasileiros em decadência do Barcelona (como Rivaldo e Ronaldo). Como manter o mesmo interesse, o mesmo foco, por tantos anos a fio? Você não faria o mesmo?

Você, eu e muitos outros talvez, mas não foi o caminho seguido por Bernardinho, Giba e Cia. no extraordinário voleibol brasileiro masculino, o time mais vitorioso da história do nosso país. Se eles pensassem como Ronaldinho Gaúcho, não teríamos vencido o título que nos coloca acima de todas as outras seleções de uma maneira definitiva.

A disputada final da 21ª edição da Liga Mundial de Vôlei na Argentina em Córdoba, com o placar de 3 a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/22) contra os sempre respeitáveis russos deu o nono título ao nosso país e assim, ultrapassamos a Itália, com oito títulos. Com uma seleção talvez não tão brilhante como a dos anos 2000, mas sempre competente, Bernardinho mostra a razão de ser o mais competente de todos os nossos técnicos em quaisquer modalidades.

domingo, 11 de julho de 2010

A ameaça alemã permanece contra Ronaldo

Se Ronaldo e grande partes dos brasileiros secou o esforçado Klose para que o brasileiro não perdesse o trono como maior artilheiro dos mundiais, eis que a Alemanha apresenta uma nova, melhorada e vistosa ameaça: Thomas Müller.

O jogador de 20 anos e revelação do Bayern de Munique saiu da Copa do Mundo com dois prêmios: melhor jogador jovem e artilheiro, com cinco gols. O número é o mesmo de Forlán (o craque da Copa), Villa e Sneijder, mas o desempate vem no número de assistências, três.

Com sua idade e já cinco gols na cartela das Copas, Müller tem mais três mundias para ampliar sua marca. Se mantiver a marca, pode chegar a 20 gols.

Vejam o vídeo do jogador que há um ano nem estava na órbita de figurar na seleção alemã e hoje é um dos maiores do mundo.

Espanha vence final contra um time de Felipes Melo


No início do jogo, a Espanha era a favorita e acredito que a maioria dos brasileiros torciam pela Roja. No entanto, se a Holanda vencesse, eu e talvez poucos achassem algum absurdo. No entanto, bastou o apito de Howard Webb soar para uma horda de Felipes Melo vestirem laranja e partirem para atacar os craques espanhóis das mais diferentes e sórdidas maneiras.

O árbitro inglês que deixa a violência correr solta na Premier League conseguiu ter a proeza de expulsar um jogador holandês somente no segundo tempo da prorrogação, quando os volantes Van Bommel e De Jong poderiam ter sido expulsos no primeiro tempo do jogo. O jogador do Manchester City (De Jong, foto) entrou no peito de Xabi Alonso com uma solada que daria expulsão em qualquer esporte, seja no rugbi, no futebol americano ou no hóquei, só para citar os mais violentos.

Melhor que a categoria prevaleceu e o gol do título histórico da Espanha veio nos pés do melhor em campo e o melhor meia espanhol: Andres Iniesta!

sábado, 10 de julho de 2010

La Selección Española es la paradoja nacional


No es ninguna novedad que el Real Madrid y el Barcelona tengan la rivalidad más grande del fútbol mundial, o al menos, una de las más conocidas y famosas. La llegada del equipo nacional, por primera vez, en la final del Mundial, es algo que pone en la mente de los apasionados del fútbol que no son españoles, como yo, una duda paradójica.

La Selección Española tiene un juego en que la posesión del balón es vital y solo ha podido hacerlo porque en el once inicial predominan los jugadores del Barça. Todos conocen el slogan del club culé: “mès que un club”, justamente porque representa una nación, Cataluña, que ha vivido tiempos de rebeldía contra la capital, Madrid. Es decir, el Azul Grana es un símbolo que siempre quiebra con la unidad nacional.

Ya en Madrid pueden estar felices gracias a los separatistas y a su idea de fútbol, de posesión y jugadores españoles y de la cantera, algo que el Madrid no tiene como modelo.

La única respuesta que tengo es que para los españoles, el Mundial es como uma tregua, en la cual las diferencias son olvidadas en aras que todos puedan gritar juntos: ¡Viva España!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Alemanha x Espanha: o jogo-paradoxo da Copa


Alemanha e Espanha fizeram em seus 90 minutos o jogo da seleção que deveria ganhar a Copa contra a seleção que deveria ganhar o jogo. A Alemanha vinha jogando o futebol mais vistoso da competição, com duas goleadas consecutivas contra ninguém menos que Inglaterra e Argentina; a Espanha dominou Portugal e teve um jogo difícil contra o Paraguai, vencendo pela contagem mínima as duas partidas.

Mas nos fatídicos noventa minutos da semifinal mais esperada da Copa do Mundo, fez-se justiça. A Espanha dominou amplamente a partida, não deixou a Alemanha ver a cor da bola e não conseguiu traduzir no placar a sua superioridade. O gol único não veio de uma jogada bonita de Iniesta ou numa corrida mortal e um chute certeiro do artilheiro Villa, mas sim do guerreiro zagueiro culé Carles Puyol.

Na final, a Espanha será a favorita contra a Holanda, que deve estar pensando como roubar a bola da Fúria para não ficar assistindo o jogo e esperar pelo inevitável gol, como ocorreu com os alemães. A bola parada da laranja deve ser uma boa arma de Sneijder, o favorito a melhor da Copa, e companhia.

sábado, 3 de julho de 2010

Prepotência Argentina permite o óbvio e Alemanha goleia


Como eu havia comentado com colegas, se a Alemanha goleou a Inglaterra que tinha um zagueiro ruim, imagina o que não faria com a Argentina, que tem todos os zagueiros ruins. Para Maradona, o melhor do mundo saindo do ápice, Messi, o raçudo Tevez e a racha goleadora de Higuaín seriam suficientes para passar pelo melhor esquema tático da Copa e por três jogadores jovens iluminados e um artilheiro abençoado quando está no mundial.

Özil, que não jogou bem hoje, Müller, que é destaque desde que surgiu no ano passado no Bayern, Schweinsteiger, candidado a craque da Copa e Klose, o provável maior artilheiro do torneio, começaram com tudo e abriram o placar com dois minutos. A Alemanha, depois, respeitou demais a Argentina e quase sucumbiu à pressão, mas foi só encaixar uma jogada para o 2 a 0 abrir a porteira para mais uma goleada alemã.

Aos argentinos resta a lição de que hoje é necessário ter um plano tático para vencer em alto nível e não só talento individual. Dunga exagerou no lado oposto de Maradona e também foi eliminado, mas ao menos, de uma forma menos vergonhosa.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O ano de Wesley Sneijder


Poderia xingar o coerente e teimoso Dunga, poderia exaltar a vilania de Felipe Melo, que nos brindou com um primeiro tempo de craque, com um passe perfeito para o gol de Robinho, e nos entregou um segundo tempo de psicopata e uma entrevista coletiva de sociopata.

Mas não farei isso. Prefiro exaltar o ano do jogador que foi relagado ao terceiro plano e preterido por Kaká, saiu do Real Madrid, foi para Internazionale ser o cérebro do time italiano e voltou ao Bernabéu como rei e campeão da Champions League.

Se a Holanda não jogou o suficiente para derrotar ou merecer derrotar o Brasil, ele sim, se esforçou, jogou e cabeceou para nocatear os sonhos de 190 milhões de gritar hexacampeão. Sneijder e a Holanda têm tudo para estar na final da Copa do Mundo contra as favoritas Argentina, Alemanha e Espanha.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A crise dos laterais-esquerdos


Qualquer um que for montar a seleção da Copa terá uma dificuldade: quem é o lateral-esquerdo? Muitos dos que estão sendo colocados ali como melhores sequer são da posição. O polivalente Lahm, da Alemanha, agora joga na lateral-direita; o português Fábio Coentrão é meia; o argentino Heinze era zagueiro, assim como o espanhol Capdevilla.

No jornal Marca desta semana, havia uma "encuesta" sobre os melhores das oitavas. Lúcio, por um sacrilégio dos espanhóis, não estava entre os selecionáveis, mas Juan, Júlio César, Robinho, Maicon e Michel Bastos estavam. E sabem quem foi o único escolhido da amarelinha? O contestadíssimo e dissonante lateral-esquerdo da nossa Seleção, que aliás, joga de ponta-direita no Lyon.

Isso só prova que a posição vive uma crise mundial. Evra, da França, não conseguiu mostrar em campo o status de atual melhor do mundo, conseguido por suas ótimas atuações no Manchester United. Quem deve estar se mordendo é Roberto Carlos, que não só poderia completar a defesa brasileira e sacramentá-la de vez como a melhor do mundo como poderia ele estar facilmente no onze de qualquer jornalista do globo.