O filme "Invasão à Casa Branca" (Olympus has Fallen, no termo técnico da CIA, muito mais legal, by the way) tem tudo o que revolta os anti-americanos: trilha sonora grandiloquentemente irritante, apologia às armas, discursos de "we will prevail no matter what" e um cara que consegue fazer de um tudo, vivido por Gerald Butler.
Eu não sou anti-americano (pelo contrário) e gosto sim de filmes de ação. Óbvio que eles são melhores quando são tecnicamente inovadores (como a trilogia Bourne) ou tem realmente um roteiro por trás deles (como Casino Royale ou até mesmo Skyfall). Não é muito o caso de "Invasão à Casa Branca", que no máximo absorveu a sanguinolência de "The Walking Dead" para retratar as dezenas de mortes/assassinatos à queima-roupa.
O mérito do filme está em sua atualidade até mesmo de acordo com sua semana de estreia: os terroristas são da Coreia do Norte, que (ainda bem) não sai do chove-não-molha com seu ataque nuclear aos EUA. Em uma versão rocambolicamente impossível, o filme é um manual como a Coreia do Norte deveria proceder para conseguir seus objetivos. A falha do roteiro talvez seja em apostar na ação e não em explorar quais são esses motivos, que ninguém sabe ao certo quais são do lado de cá da telona.
O elenco está acima da história, com Butler com protagonista, Aaron Eckhart e Morgan Freeman tirando de letra a superficialidade dos papéis e Rick Yune (que não via desde de Die Another Day), como o vilão.
Se você está de férias e não tem o que fazer, assista!
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