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sábado, 19 de fevereiro de 2011
Coadjuvantes brilham no naturalista "O Vencedor"
Muitos podem falar que o filme favorito a dois Oscar nesta premiação é "mais um filme de boxe". Ok, o esporte está lá, o protagonista e seus coadjuvantes respiram este estilo de vida, mas, no meio do filme, você percebe que a história gira muito mais em torno de uma família desestruturada, ou se você preferir, uma família comum, que se sente importante devido ao esporte, mas está na verdade, se partindo devido às drogas e ao desinteresse por levar a vida realmente à sério.
Mark Wahlberg é o protagonista e produtor de "O Vencedor" (The Fighter), a história real da vida dos irmãos Micky Ward, que tenta caminhar no mundo do boxe treinado pelo seu irmão mais velho e viciado em crack, Dick Eklund (Christian Bale, mais uma vez fantástico e favoritíssimo ao prêmio de coadjuvante). A maior glória de Eklund foi ter nocauteado (?) Sugar Ray Leonard, em 1978. Desde então, ele e sua mãe (Melissa Leo, também incrível no papel de uma matriarca decadente e iludida e também favorita à estatueta de coadjuvante) acreditam que já fizeram o bastante e que os problemas se resolvem facilmente.
O conflito entre o mundo real, o qual Wahlberg quer alcançar, e a ilusão, partilhada por seus parentes, é o mais interessante neste filme em que o boxe é uma luta secundária.
PS: Amy Adams, que vive a namorada de Wahlberg, também foi indicada. Bale, além da grande atuação, chamou a atenção pela incrível transformação física para se parecer com um viciado em crack. Magro e alucinado, levou todos os prêmios de melhor coadjuvante até aqui.
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