sábado, 26 de fevereiro de 2011

127 Horas traz emoções à flor da pele... literalmente


O novo filme do diretor Danny Boyle mostra, no aspecto técnico, o quanto ele gostou de trabalhar com a equipe que lhe ajudou a faturar 8 Oscar dois anos atrás com "Slumdog Millionaire". Fotografia, edição e música tiveram sua qualidade e assinaturas mantidas. Lá também estão os ângulos originais para se contar uma história, qualquer que seja ela.

A escolha de contar a aventura de Aron Ralston, preso em meio aos infinitos canyons das Rocky Montains americanas, realmente não é das mais fáceis. Como manter o interesse da plateia diante de uma situação extremamente aflitiva, mas ao mesmo tempo, estática? Em meio a delírios e alucinações surrealistas, o que sobra de mais forte é o desespero do protagonista, interpretado pelo indicado ao Oscar deste ano James Franco. Em muitos minutos, as situações transpõem a tela e simplesmente está em você

O resultado é um bom filme (um pouco apelativo), uma boa interpretação, mas distante de garantir qualquer prêmio notável. A produção, pela temática, nos faz lembrar de outro filme da safra, "Enterrado Vivo" (Buried), dirigido pelo espanhol Rodrigo Cortés e surpreendentemente muito bem interpretado por Ryan Reynolds. A história passa toda, toda, 1h30 minutos, dentro de um caixão. E consegue passar muito mais emoção, com nexo, que em 127 horas. Fez falta na lista de indicações para a premição de domingo.

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