quarta-feira, 22 de junho de 2011

"First Class" sedimenta X-Men como mitologia moderna


X-Men parece ser a única história dos gibis de super-heróis famosos que transcende questões simplesmente fantasiosas para falar da humanidade em si e, principalmente, de preconceitos, conflitos e incompreensão. A famosa dualidade entre Charles Xavier e Erik Lensherr acompanhou os fãs da série nos comics, na TV e nos três primeiros filmes da "franquia" (não gosto desta palavra, mas enfim, isso realmente é uma indústria).

"First Class" visita os primórdios desta relação e mostra como suas personalidades foram forjadas, como a amizade foi iniciada e como foi o início de suas divergências. Não há lado totalmente correto, totalmente errado, totalmente ingênuo ou totalmente sagaz. Não há o bem ou o mal absoluto em X-Men e por isso, a história destes mutantes parece e é extremamente densa e relevante em quaisquer dos meios atuais de entretenimento em massa.

Além de ser bem escrito, "First Class" conta com a surpreendente boa atuação de Kevin Bacon como o vilão, a regularidade magnífica de James McAvoy como Xavier e a Oscar-nomining performance de Michael Fassbender. Duvida? Um judeu que caça e mata nazistas não ser indicado ao Oscar? Seria a vingança perfeita ao Oscar dado a Christoph Waltz por "Inglorious Bastards".... brincadeiras à parte, Fassbender sozinho já vale o ingresso... o filme vale até uma segunda ida ao cinema. "First Class" é o melhor blockbuster da temporada.

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