sábado, 13 de agosto de 2011

Brad Pitt é coadjuvante da Natureza em "A Árvore da Vida"


Uma família chora a morte do irmão do meio no interior dos EUA. Brad Pitt é o impositor patriarca, enquanto a desconhecida (bela e competente) Jessica Chastain é a compreensiva e amável mãe dos humanos que tentam protagonizar a h(H)istória. A pergunta "Por que, Deus?" é ecoada pelo diretor Terrence Malick aos quatro cantos do mundo e do universo. E ecoa, ecoa, ecoa por todos os espaços e também tempos, sem resposta.

Em vez de uma explicação divina, há o espetáculo da Natureza, incólume e imparcial, que coloca a humanidade em seu lugar: por que seríamos nós, diante de toda a imensidão de tempo e espaço, especiais, os únicos a obter respostas e os únicos a ter um tratamento diferente diante da nada misericordiosa Natureza?

Pode-se pensar em um filme sem sentido, ou em um filme ateísta ou agnóstico. Mas Malick propõe um final romântico ao filme vencedor da Palma de Ouro no festival de Cannes deste ano: quando não estivermos mais procurando respostas no tempo e espaço, quando tais conceitos forem relativizados ao nada, todos nós, todos os nossos entes queridos e até mesmo os nossos "eus" passados e futuros estaremos juntos, em um lugar que não pode ser medido ou alcançado, onde tudo e todos simplesmente são (teoria que lembra a minha interpretação para o final de Lost).

A pergunta que fica é: diante da proposta de Malick, no que você acredita?

PS: Oscar Nominations Prediction - Film, Director, Screenplay, Editing, Cinematography, Sound and Best Actress on a Supporting Role.

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