Ao contrário de Jack em "Lost", o protagonismo de Rick em "The Walking Dead" é inquestionável. Foto: AMC. |
Estas foram as perguntas que ecoaram durante todo o excelente capítulo final da temporada, obviamente, não de forma literal. A estrutura do capítulo lembrou, e muito, a narrativa da cultuada série "Lost": flashbacks com "dead people" (#saudadesHerschel) e o paralelo entre as escolhas do passado e quanto diametralmente opostas são ao presente.
No capítulo, que finalmente está totalmente centrado no protagonista da série, após três episódios de quase completa ausência, vemos um pouco do tempo passado na prisão entre a terceira e a quarta temporada. Herschel influencia Rick a tentar voltar à vida normal, ter planos de longo prazo e influenciar Carl de forma positiva. Em contraponto ao breve passado agricultor e zen do ex-xerife, o presente o coloca frente ao possível estupro de seu filho e a iminente morte de seus amigos.
Ligando o "walker-mode" on, Rick ataca o agressor (ah humanos, muito mais perigosos que os zumbis) e arranca sua jugular à dentadas. A cena é forte e impactante não somente para à audiência, mas para o menino Carl. O trauma e o impacto é explorado no restante do capítulo, e deve permanecer na próxima temporada.
Voltando à história deixada nos capítulos anteriores, Rick, Carl, Michonne e Daryl (sim, Daryl - assista e saiba porquê) partem rumo a Terminus, o local onde cartazes anunciam que quem chega sobrevive, um santuário. Diferentemente dos outros personagens (Glenn, Maggie e outros), Rick sabe que tudo pode acontecer e entra em Terminus com o "stealth-mode" on. Apesar de tudo, acaba dominado pelo maior número de oponentes. Trancado em um vagão de trem com a letra "A" pintada (o nome do capítulo), Rick e seu grupo encontram o grupo de Glenn. O capítulo termina com a frase do tipo "eles não sabem com quem eles se meteram" - um prenúncio de que o seu caminho, no presente, foi escolhido #GoodGuyNoMore.
Apesar do excelente roteiro, seguindo a linha de Lost, o capítulo não supera a narrativa da série da década passada por não ter tido um final tão impactante quanto outros "finales" de Lost e principalmente em um aspecto: a trilha sonora. Michael Giacchino é mestre... Lembremos do melhor finale de "Lost".
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