Pois bem. A versão que privilegia a realidade, e muito mais capaz de acontecer em maior escala em todo o planeta, chega às telas dos cinemas brasileiros nesta sexta. Em "All is Lost/Até o Fim", o veterano ator Robert Redford faz história ao protagonizar um filme em que há apenas um ator e pouquíssimas falas. O personagem nem nome tem. Creditado como "Our Man", o protagonista luta pela sobrevivência no Mar Índico logo após o seu barco (que é muitíssimo bem equipado, aliás) ser atingido por um container de tênis que provavelmente estava vindo abastecer o estoque da Netshoes, vindo da China.
Depois disso, acompanhamos Redford em uma luta Magaiveriana para tentar consertar o barco, saber sua localização através de mapas e astrolábios e manter-se hidratado de forma surpreendente. A direção é de J.C. Chandor, do ótimo "Margin Call", filme cheio de atores e falas, mas não muito menos interessante, explorando as minúcias da última crise econômica mundial.
Para mim, "All is Lost" é um ótimo filme que confirma a tendência do cinema mundial - recriar, da maneira mais real possível, eventos incríveis e que a transmissão das sensações é muito mais importante do que reflexões que permanecem com os expectadores após os 120 minutos de projeção. O maravilhamento fica nos olhos e no arrepio da pele.
Robert Redford, 77, mostra muita disposição física e não desiste "Até o Fim" do filme em que é o único ator em cena |
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