terça-feira, 26 de abril de 2011

"Rio" é um importante pacote de clichês


Colorido, divertido e lindo, a animação "Rio" é o tributo a sua terra do mais bem-sucedido brasileiro em Hollywood, o diretor Carlos Saldanha, dos megasucessos de bilheteria "Era do Gelo 1, 2 e 3" (eu só vi o primeiro). A história não tem segredos e tem vários clichês comuns a muitas narrativas e ao Brasil: o herói abobalhado que supera obstáculos para conquistar a garota, o samba e o carnaval, e o inevitável final feliz.

Mas a previsibilidade facilita o entendimento universal do filme, feito para ser um sucesso de bilheteria, e não uma tese de mestrado. Ou talvez ele até se torne uma tese, pois é o melhor cartão de visitas que o Rio de Janeiro talvez jamais tenha tido. Gerações de crianças, dentro e fora do Brasil, podem crescer com o filme na cabeça, querendo conhecer a cidade (belissimamente retratada, como é). E além disso, é uma importante denúncia contra o tráfico de animais silvestres.

Além da beleza das imagens e do show técnico para reproduzir os movimentos das aves e outros animais, o grande destaque está na trilha sonora, com pitadas de bossa, samba e rap, com Will.i.am e Jamie Foxx puxando o som. Nos papéis centrais, Anne Hathaway cumpre seu papel de donzela indomável e Jesse Eisenberg (como o protagonista Blu) confirma para mim que simplesmente, em qualquer filme que seja, "Rio", "A Rede Social" ou "Zumbilândia", ele faz o papel de si mesmo.

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