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terça-feira, 26 de abril de 2011
"Sexo sem Compromisso" inverte narrativa de comédias românticas
Desde o século XIX (ou desde a Grécia Antiga talvez), as histórias românticas quase sempre começam platônicas, subvertem obstáculos e chegam ao clímax talvez até literalmente para encerrar a história com um final feliz (casamentos, beijos, concretização sexual de toda a ladainha).
Em "Sexo sem Compromisso" (No Strings Attached), em um improvável papel logo após ser agraciada com o Oscar de melhor atriz por "Cisne Negro", Natalie Portman faz "par romântico" com o anos-luz menos talentoso Ashton Kutcher (mais famoso por seu twitter e por ser casado com a decadente Demi Moore do que por seus papéis... ok, ele fez "Efeito Borboleta"... e só).
As aspas em "par romântico" tem dois motivos: a química entre os atores é bastante fraca, o que pode ser subjetivo, mas o que é objetivo na história que o casal passa grande parte do filme concretizando a ladainha sexualmente sem nenhum envolvimento, ao menos da parte da personagem de Portman.
Arrastado até o final, o clímax salva o filme graças ao bom diretor Ivan Reitman, dos clássicos da Sessão da Tarde "Os Caça-Fantasmas" e (do excelente) "Dave - Presidente por um Dia". Reitman consegue transformar em clímax o que é o começo de quase todas as comédias românticas: um simples caminhar de mãos dadas. Toda a sensualidade do filme está ali, onde, em outras histórias, está na sexualidade.
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