segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lost é a versão ocidental da mitologia


"There is no now, here". A série mais comentada do século XXI chegou ao seu final sem nem chegar perto de responder todas as dúvidas, todas as questões, todos os mistérios, um por um. E ao mesmo tempo, respondeu a todos, entregando à História a versão ocidental da mitologia. Por anos, haverá debates sobre a filosofia que a série implantou... seria a versão americana do ying-yang, do símbolo do infinito? Seria a versão moderna do carpe diem, do viva o agora?

Ao mesmo tempo em que é um ícone do capitalismo, da televisão, da internet, Lost se aproxima da narrativa de filmes europeus, asiáticos, em que o final não é o clímax, ou talvez tenha criado um clímax para que todos nós percebessemos que o ápice não é o final, mas sim toda a experiência, do pretenso começo ao pretenso fim. E aí, os criadores da série amarram bem o término, demonstrando claramente que o fim é igual ao começo, alfa e ômega.

Para quem acredita (e eu não duvido), a filosofia de Lost pode explicar epifanias, amores à primeira vista ou simples ataques súbidos emocionais. E chegando ao final, compreendemos o porquê não havia como Jacob aparecer no começo e explicar todo o mistério. Nós precisávamos vivê-lo, senti-lo. Quem não acompanhou, irá perguntar como tudo terminou. Não saberemos explicar. Eles terão que ver em DVD. E nós, rever em DVD, para a felicidade de David Lindelof, Carlton Cuse e J. J. Abrams, os criadores da loucura toda.

2 comentários:

Unknown disse...

Podre demais.
Seis anos perdidos.

Victor Romualdo Francisco disse...

Só pq vc não teve suas respostas saciadas, não quer dizer que os anos foram perdidos... vc não se divertiu durante a série? as discussões e tudo mais? Como diria a Miley, "It's all about the climb"... hehehehehhe