segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Até quando vamos ter que aturar a impunidade?

Hoje eu fui fazer um concurso público. Você praticamente não pode se mexer ou estará cometendo algum ato para burlar o concurso e colar, de alguma maneira. Celulares devem ficar dentro da sua bolsa, amarrada por um saco plástico; se algo seu cair no chão, você deve chamar a monitora para pegar e não levantar da cadeira em nenhum momento; após o término da prova, você só pode retirar sua bolsa do saco plástico e ligar seu celular após já estar fora do local de prova.

Para realizar uma simples prova para um cargo público você está praticamente amarrado na cadeira. Como é que um deputado (poderia ser uma senador, ministro) consegue burlar o fisco a ponto de construir um castelo e ainda é escolhido como corregedor da Câmara? Só pode ser piada... muita gente corroborou para que ele conseguisse obter recursos para ter esse castelo, no mínimo...

O que revolta é que a punição máxima aplicada é, para mim, um prêmio. Hoje, foi confirmado o seu afastamento do cargo de corregedor. Mas isso é muito pouco... é um prêmio. Ele deixa toda a pressão da mídia para trás e pode gastar o seu dinheiro obtido ilegalmente em paz. Que mensagem é passada para a sociedade? De que vale a pena roubar, ser político e conseguir o seu ganha-pão no vale-tudo.

Muitas mensagens na notícia do Estadão pedem cassação, o que também é pouco... nestes casos, o funcionário público deveria ser cassado, devolver o dinheiro com juros e ir para a cadeia, como qualquer outro ladrão comum, com a diferença que ladrões comuns nunca prometeram rezar pela boa administração do erário público.

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