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Um thriller de assassinato, romance platônico, romance real, comédia policial com dramas reais. Como sempre, os filmes com Ricardo Darín, o ator favorito de meu pai, não são polarizados em um lado da vida, no bem ou no mal, no riso ou nas lágrimas. Eles tem de tudo, e na dose certa.
O filme confunde, se explica, se amarra a cada segundo e, principalmente, fala com os olhos. Estes são os momentos mágicos que salpicam a história do investigador criminal Benjamín Esposito, seu fiel e bebum escudeiro Pablo Sandoval, seu amor platônico pela juíza Irene Hastings e um crime brutal que permeia toda a história.
A direção de Juan José Campanella, novamente em dobradinha com Darín ("O Filho da Noiva"), leva o roteiro perfeito a interessantes flashbacks e devaneios que são como uma ótima história contada em uma roda de amigos, algo que nós, do século XIX, talvez nunca mais escutemos. Mas o bom, é que podemos ver neste que é o melhor filme da ótima safra de produções argentinas e, quiçá, o melhor filme do Oscar 2010.