quinta-feira, 28 de abril de 2016

"Civil War" destrói maniqueísmos com roteiro afiado e elenco estelar

Os filmes do Capitão América foram todos excelentes e em uma escala crescente. Se já achava o "Winter Soldier" o melhor filme da Marvel, o terceiro, este "Civil War", roubou o título agora (o melhor filme de heróis ainda é o "Dark Knight"). Nem cabe a comparação com o tal Batman vs Superman, pois a direção dos irmãos Russo é diametralmente oposta a de Zack Snider: eles priorizam o real, tanto na ação quanto nos sentimentos; já Snider ama os CGIs estilosos e sentimentos... que sentimentos?

"Civil War" é um filme de heróis que os utiliza para falar de temas atuais, humanos, hiperbolizados pelo escudo de vibranium, a armadura de Tony Stark ou as teias do "Garoto"-Aranha: estão lá o olho por olho/pena de morte, terrorismo, o princípio de defesa a todos os cidadãos, o direito à democracia e a importância do pensamento crítico em um instante em que o comportamento de manada toma mais e mais conta das mídias (todas elas).

Chris Evans encabeça o maior e melhor elenco de um filme de super-heróis
Não há vilões ou bandidos, há apenas ações e reações e suas conseqüências. Mas o desafio de fazer um filme deste gênero sem o pensamento fácil do good guy/bad guy não seria possível apenas pela direção dos irmãos Russo ou o afiado roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. O elenco deveria dar credibilidade, na tela, às ideias propostas. E neste quesito, só aplausos para os fixos dos Avengers Cris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Don Cheadle e Paul Bettany, além das participações estelares do consagrado William Hurt e do cult Daniel Brühl.

"Civil War" é obrigatório para ser assistido e essencial para ser absorvido. Você está realmente pronto para pensar e tomar decisões além do básico, como #TeamCap ou #TeamStark? Este é o real convite deste excelente filme.