quinta-feira, 26 de maio de 2011

American Idol: country superstar has bourne


Na final, deu o esperado: Scotty McCreery é o vencedor da décima e melhor edição do American Idol até então. O match-up final, no entanto, não foi tão emocionante - dois cantores do mesmo gênero e não havia um fator surpresa, como Kris Allen, na oitava edição.

Scotty é simpático, divertido e conquistou a América com sua simplicidade e um fator determinante: tornou-se uma estrela aos olhos da plateia. Semana a semana, o menino que só sabia "Baby lock the door and turn the lights down low" evoluiu com uma velocidade emocionante, transformando seu timbre único em uma variação bastante interessante e envolvente para cantar o mais americano de todos os estilos.

Os produtores procuravam por uma estrela tão grande quanto outra vencedora do Idol, Carrie Underwood (quarta temporada), também country e com mais de 36 milhões de formatos vendidos (CD, single e downloads) até agora. Eles podem ter achado até mais do que isso - Scotty tem potencial para ser o próximo Garth Brooks!

Nas duas últimas semanas, no entanto, Top 3 e Top 2, Lauren Alaina conseguiu tocar por alguns instantes todo o seu potencial e foi a melhor das duas noites, principalmente na última, ao emocionar a audiência, cantando para sua mãe a música "Like My Mother Does". Pode ser nela que os produtores podem encontrar a próxima Carrie Underwood, que, por um acaso, é a "ídola" de Lauren.

Resta a todos saber agora quem assinará com a Interscope Records na mais prolífica temporada do programa mais assistido do mundo. Eu gostaria muito de ouvir os CDs/MP3s de Scotty, Lauren, Haley, James, Jacob, Casey e Pia. Muita gente, né?

"O Homem ao Lado" transpõe mito rousseauriano para o século XXI


Como ganhei vários ingressos do Cinemark, ultimamente só tenho ido ver blockbusters. Não tenho escrito nada pois o que se pode dizer de filmes como "Thor", além de que deveriam ser vistos apenas nesta condição: de graça.

Após este período cinemarkiano um pouco triste, fui resgato ao circuito alternativo por meu pai, fã do cinema argentino e, por supuesto fã dele, Ricardo Darín. O filme em questão é "O Homen ao Lado" (El Hombre De Al Lado), que tem como premissa uma história que conhecemos bem: desde Eça de Queirós, com "A Cidade e a Serra", até James Cameron, com "Avatar", conhecemos o mito do bom selvagem - homem moderno, mau / homem selvagem e puro, bom.

O que o filme argentino dirigido pela dupla Mariano Cohn e Gastón Duprat propõe é o transporte para o nosso século, o nosso cotidiano, e colocar o espelho na frente de nós, ó mauricinhos da urbe, para a direção que as relações humanas estão tomando em nossos tempos.

A história contrapões dois-pés-no-saco, cada um a seu estilo: Leonardo (Rafael Spregelburd), um arquiteto/designer modernoso e famoso, e o tiozão do bar da esquina Victor (Daniel Aráoz). Eles nem se conheciam até que Victor decide fazer uma janela que dá para uma janela dos fundos de Leonardo, o que é ilegal e desvalorizaria seu imóvel-obra de arte: a única residência projetada pelo famoso arquiteto Le Corbusier em toda a América do Sul.

A partir daí, situações cômicas, constrangedoras e inimagináveis se desenrolam para um clímax totalmente inesperado. O filme é muito relevante antropologicamente e nos lembra muito a polêmica do mês em São Paulo sobre a tal "gente diferenciada" - até onde o hedonismo e o isolacionismo de classes e formação acadêmica pode nos levar? A filha de Leonardo, que passa o filme todo sem proferir sentenças inteligíveis, que vive de fone de ouvido e não interage com os próprios pais é a resposta do próprio filme à questão.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Martha M. Masters é o melhor da sétima temporada de "House"


A temporada que finalmente uniu o casal House e Cuddy, o que milhões de fãs sempre quiseram, talvez tenha sido a pior da melhor série da TV. O romance foi bonito, mas a beleza nunca foi o que atraiu os fãs da série. O mais do mesmo de todas as histórias podemos ver nas outras histórias, não na série que propõe conhecermos um gênio da racionalidade e um irracional sentimental que nos empurra a encarar a verdade, por mais cruel que ela seja.

Em meio aos desencontros do casal 20 da TV americana, a participação de Amber Tamblyn como a novata doutora Martha M. Masters foi o melhor da temporada da House. Cobrindo o buraco da ausência de Thirteen (já que Olívia Wilde estava estrelando Tron e o inédito e esperado Cowboys vs. Aliens), a atriz brilhou no papel da CDF robótica e ingênua que foi quase inquebrantável em seus valores morais no mais maquiavélico set da TV. Com muitos momentos cômicos e alguns dramáticos dignos de um Emmy (quando enfrenta House e Cuddy e põe em risco sua carreira, no décimo primeiro episódio), ela garantiu a novidade na série.

No último capítulo da temporada, sem Cuddy e sem saída para sua dor, House joga tudo para o alto e se entrega de vez à irracionalidade ao literalmente arremessar seu carro dentro da casa de sua amada, sem se importar com as consequências e depois fugir para alguma ilha do Pacífico (Hawaii, talvez). Podemos interpretar como um jogo dos produtores para levar a audiência a uma grande interrogação até o final de setembro, quando a última temporada recomeça. Ou simplesmente concordarmos com Hugh Laurie, que recentemente afirmou que a oitava pode ser a última temporada. Eu concordo: esta é a hora certa de parar!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

American Idol: a true AMERICAN finale


De todas as finais possíveis, esta será a mais americana de todas. Talvez seja injusto afirmar isso, já que todos ou quase todos os ritmos internacionalmente conhecidos são ou se tornaram famosos devido aos EUA. Mas nenhum deles tem suas raízes tão firmes naquele país quanto o Country.

E foi a simpatia e simplicidade da dupla country da melhor temporada do programa mais visto dos EUA que levou Scotty McCreery e Lauren Alaina para a final da próxima terça-feira. Eles não tinham as melhores vozes, mas foram os que mais cativaram o público.

Scotty é o grande favorito e só um desastre tira o título do garoto de Garner, North Carolina. Ele simplesmente está destinado a vender milhões de CD e downloads e tornar-se o próximo grande ídolo do ritmo. O crescimento dele de alguém que sabia cantar apenas algumas músicas para um verdadeiro artista é gritante.

Pena foi ver a favorita dos cults e da crítica (e minha também) ser eliminada. Crescendo como um cometa ao longo do programa, Haley provou ser a grande voz da décima temporada.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

American Idol: comet at top sparking

Haley Reinhart. Começou o programa como uma desconhecida, que passou a ser figurante, que entrou definitivamente na corrida ao cantar o sucesso "Rolling in the deep", de Adele e que virou um verdadeiro cometa em seu brilho máximo no programa do Top 5 do American Idol com a performance de "House of Rising Sun". A blondshell é definitivamente a melhor voz da edição mais excitante do programa de TV mais visto dos EUA.



E parece que a votação do programa seguiu o meu pensamento (ou sendo menos egocentrista, eu estou na mesma vibe da audiência) e também salvou o meu favorito James Durbin, que não é perfeito vocalmente mas é o melhor performer, e o country-singer-superstar Scotty McCreery, que definitivamente será o Idol que mais irá vender discos em sua carreira. Sua performance de "Gone" foi simplesmente fantástica e eu, que nunca gostei de country, totally iria em um show dele depois dessa.



No bottom 2, os dois piores da noite. Lauren se segurou em "Unchained Melody" e sempre me faz pensar o que Pia Toscano faria com essa baladas... e Jacob Lusk, que junto a Pia tem a voz mais potente do programa, se entregou totalmente ao caminho da roça com uma performance "vergonha-alheia"/superpitchy de "No air". Tido como um superfavorito no começo, se perdeu ao tentar agradar a todos com escolhas mais contemporâneas e acabou eliminado. Fiquemos com suas outras superperformances na cabeça. Pra relembrar, clique aí embaixo na tag com o nome dele.

PS: quer mesmo saber tudo sobre AI? é só clicar neste link e ver o incrível "Coloca no Idol".