segunda-feira, 29 de março de 2010

Só a música se salva em "Soul Kitchen"


Um filme alemão, com um protagonista grego (que nasceu na Alemanha) e diretor turco (que também nasceu na Alemanha) sobre um bar underground do subúrbio de Hamburgo nem sempre dá um filme cult, como a crítica quis fazer acontecer com "Soul Kitchen". Em vez de Tarantino, a produção de Fatih Akin, do cultuado "Contra Parede", lembrou muito mais os filmes de Renato Aragão.

Pouco nexo, roteiro pobre, história descontrolada e direção relaxada, talvez muito mais se divertindo do que fazendo os outros, nós, platéia, nos divertirmos fora das "inside jokes" da panelinha envolvida na produção.

De bom, resta a trilha sonora, essa sim, alternativa, de bom gosto e que causa boas emoções.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lost: mistery not aeternus


O que era o papo da galera, cheio de teorias físicas como a teoria dos fios, virou um simples jogo de anjos e demônios, fumaças, mortes cada vez menos impactantes e ressureições menos milagrosas. Em sua sexta temporada, Lost apelou para o velho confronto entre o bem e o mal, que após mais de 4 mil anos de tradição oral, impressa e agora audiovisual, pouco pode surpreender a todos.

No entanto, não posso atacar a produção da série. Todos os elementos, como prometidos, estavam ali desde o começo. E agora, finalmente, começam a ser revelados. Nesta temporada, até agora, tivemos nove capítulos e além do quinto, em que Jack finalmente descobre o que são os maledetos números, o nono era o que eu mais esperava.

"Ab aeterno" tem Richard Alpert como personagem central. Richard costumava morar em outra ilha antes de parar no amontoado de terra cercado por àgua mais falado do século XIX. Dois séculos atrás, Ricardo vivia em Tenerife e foi comprado pelos navegadores do Black Rock quando estava para ser enforcado, condenado por matar acidentalmente o médico que poderia salvar sua moribunda esposa.

Na ilha, Alpert ficou como joguete nas mãos do Black Smoke e Jacob, escolhendo o lado que já sabemos. A grande sacada do episódio para explicar o grande mistério está na metáfora que Jacob faz com uma garrafa de vinho. A ilha é a rolha que não deixa o vinho, a essência do mal, escapar para o mundo exterior e transformar a Terra em um verdadeiro inferno.

Interessante, mas se os personagens de Lost dessem uma olhada ao redor, talvez vissem que sua missão já está fracassanda há tempos. Deixando as ironias de lado, faltam dois meses para tudo acabar e quem sabe, não estaremos mais perdidos no seriado mais comentado dos últimos anos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

American Idol: Siobhan takes the lead


A primeira apresentação dos postulantes ao título de American Idol no grande palco trouxe uma reflexão interessante sobre a possível final. E ela, pelo menos neste ponto, não será mais entre Crystal Bowersox, favorita, e Andrew Garcia, o desafiante do início do programa. Enquanto Andrew perdeu-se e é a Lil Rounds da temporada (torço muito para que ele faça algo brilhante novamente logo!), Siobhan (Shivon, é assim que se fala!) Magnus é a nova postulante e sim, favorita ao título.

Enquanto Bowersox tem uma voz incrível e uma postura Janis Joplin total, Siobhan é a artista do século XIX, com performances incríveis e diferentes, com um look weird e cool ao mesmo tempo. Bowersox parece presa a um estilo e Magnus caminha magnífica em seu strange little world que intriga a todos.

No mais, Big Mike parece ter tomado o posto de estrela entre os homens, mas Lee Dewyse, como Simon bem disse, tem a voz mais interessante de todos. Aaron Kelly, o garoto de 16 anos, cresce na competição e Tim Urban, apesar do esforço louvável, faz hora-extra no programa.

Temaking aposta nos detalhes e acerta em cheio


Realmente São Paulo é o lugar para restaurantes japoneses. Mas há os bonzinhos, os bons e os ótimos. Ótimo mesmo só o Aoyama, na minha opinião, mas surgiu um outro que me fez pensar em vários detalhes culinários e que entrou em minha alta estima: o Temaking, na rua João Cachoeira.

Eu, feliz ou infelizmente, estou trabalhando ali no Itaim. Infelizmente pois o local é cheio de boas opções para o almoço e invariavelmente, elas ultrapassam os meus parcos R$ 15 de ticket (ô pobreza). Mas no Temaking, isso vale a pena. No rodízio, você pode pedir as entradas (misô muito bom), os temakis (o de skin com maionese é algo absolutamente demoníaco) e o prato principal, onde só o sashimi é regulado.

Logicamente, eu pago a mais para não ter nada contado, o que passa e muito do previsto orçamento diário (chegando aos R$ 40,00). Não é para todo dia, mas ótimo praquela sexta-feira bem Thank God!

Mas o ponto não é esse: indo neste restaurante, percebi o quanto é tenebrosa a prática do self-service. Nada é melhor neste tipo de atendimento. A comida, e creio que principalmente a japonesa, perde sabor ao ficar exposta ao livre. O feito na hora é extremamente superior. E algo tão detalhista quanto um temaki ou um corte certo no sashimi deve ser feito com atenção. A pressa pode ser um ingrediente inerente à paulicéia, mas nunca será amiga da perfeição.

sexta-feira, 12 de março de 2010

American Idol: top 12 com shocking eliminations


É, o mundo é dos shallows indeed. Os bonitinhos, mas sem talento, Katie Stevens e Tim Urban roubaram os lugares dos promissores Lilly Scott (foto) e Alex Lambert, este último, totalmente devastado por ver seu sonho morrer. Já Lilly tem a lamentar não continuar a ganhar fama no programa, mas já é uma artista indie formada e deve seguir a carreira.

Enquanto isso, o ex-favorito Andrew Garcia passou no susto e tem que recuperar o jogo diante de Big Mike, que tomou a dianteira dos homens. Mas esta temporada parece estar mesmo fadada a ser das mulheres. Mesmo sem Lilly, Siobhan Magnus e Crystal Bowersox são as grandes favoritas a esta altura e suas performances devem salvar esta que é uma das mais fracas edições do programa mais assistido do mundo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O melhor Oscar de todos os tempos


Ok, ok, não vi todos os Oscar, mas dos que eu vi, este foi disparado o melhor. Tirando Sandra Bullock como melhor atriz, e que mesmo assim não há muito o que contestar, tudo foi absolutamente merecido. "Guerra ao Terror", um filme sem dinheiro, em que o som, o roteiro e a direção (Kathryn Bigelow, primeira mulher a vencer na categoria) foram cruciais para o resultado final fantástico, era uma produção muito mais difícil de realizar do que "Avatar", com toda a sua máquina de marketing e que no final, ganhou o prêmio que queria: maior bilheteria de todos os tempos.

Outro sinal de justiça foram as mãos vazias de Up in the Air, um filme charmoso, sagaz, mas que não chega a ser fantástico (um resumo de George Clooney?). Os atores coadjuvantes tiveram interpretações ainda mais fantásticas que os da categoria principal, com destaque para Mo'nique, em um dos papéis mais fortes da história do cinema.

E na categoria de filme estrangeiro, os argentinos realmente mereceram por consistentemente apresentar excelentes produções e a melhor venceu o mais importante prêmio prêmio do cinema. Um Oscar para renovar as esperanças de que a criatividades ultrapassa o marketing.

P.S.: adorei ter errado vários prêmios! ahhh, os resultados... sempre no melhor site da internet!

sábado, 6 de março de 2010

"The Blind Side" é ótima sessão da tarde


O drama de um jovem negro, gigante e de bom coração que é acolhido por uma família branca, republicana e careta e vira um astro da NFL só poderia ser, no máximo, uma ótima sessão da tarde. O filme figura entre os 10 indicados a melhor produção neste ano justamente pelo aumento do número na categoria e por ter arrecadado mais de US$ 200 milhões de bilheteria.

Sandra Bullock, no papel da mãe adotiva de Michael Oher, é incrivelmente a favorita ao Oscar de melhor atriz no Oscar de amanhã, mas tirando alguns poucos momentos, sua atuação é apenas digna. A estatueta de papel principal entre as mulheres estaria em mãos mais merecedoras se fosse para Gabourey Sidibe (Precious) ou Carey Mulligan (minha favorita, de An Education). Não vi Hellen Mirren em "Last Station" e Meryl Streep... é difícil falar dela sem parecer alguma heresia, mas não estava brilhante em "Julie & Julia" como em "Doubt", por exemplo. A juventude das duas primeiras candidatas devem garantir o prêmio a Bullock, o que não chega a ser revoltante.

O que é realmente incrível no filme não está nele, mas sim pensar que não foi algo escrito para ser este filme da sessão da tarde, mas que é realidade. Alguém acolher em sua casa um jovem totalmente sem perspectivas nos dias de hoje é praticamente um milagre. O Baltimore Ravens, time da NFL do jovem Michael Oher, agradece à verdadeira Leigh Anne Tuohy pelo grande coração.

Jeff Bridges dá veracidade a "Crazy Heart"


A história de um cantor country quebrado, bêbado, sem motivação e que vaga por bares decadentes do meio-oeste americano poderia não ser interessante como filme se não houvesse a escolha certa para o papel principal.

Com a câmera 80% do tempo em seu rosto, Jeff Bridges dá vida real ao cantor Bad Blake, que encontra-se em um momento crucial da vida: continuar fumando e bebendo até a morte ou aproveitar as novas oportunidades que surgiram - uma vida amorosa promissora com a sempre interessante Maggie Gyllenhaal e escrever músicas para o seu ex-pupilo e agora superstar, interpretado por Collin Farrell (um irlandês country?).

Destas transformações ou tentativas de transformações é que saem os melhores momentos de Bridges no filme, que devem lhe garantir a estatueta de melhor ator na festa do Oscar amanhã. Maggie Gyllenhaal também foi indicada, mas não deve levar, mas a música original do filme, "The Weary Kind", é belíssima e merece.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Carey Mulligan shines on "An Education"


Portraited on a in between era, were honor would be replaced by how much money you can get and housewives for bright and feminist woman, "An Education" is a movie very well written, with great lines and outstanding acting performances.

As an excellent student on a verge to take her exams to go to Oxford at the 50's England, Carey Mullingan shows us a mature, bold and hypnotising acting that attracts the camera and the eyes of the audience anywhere she is on the screen. She just makes her contrapart smaller and smaller as the time passes by. Peter Sarsgaard, that struggled with his fake british accent and only asset would be that we know, not even deep inside and since the beggining, that he will bring trouble to the girl.

Another great performance is brought by Carey Mullingan's father caracter, Alfred Molina, who is in fact british and could leave the latino type on american productions to deliver a perfect middle class working dad that wants her daughter protected from harm and difficulties of life.

Despite i havent seen yet "The Blind Side" with Sandra Bullock, the Oscar of best actress would be well deserved for this remarkable young lady.