Mostrando postagens com marcador Jennifer Connelly. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jennifer Connelly. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de abril de 2014

"Noé" discute livre-arbítrio à la Aronofsky

No começo do mais novo filme do (excelente) diretor Darren Aronofsky, o personagem central, Noé (Russel Crowe) ensina a seus filhos que somente o suficiente para a sobrevivência deve ser colhido da natureza. O filme também dá entender que os descendentes de Seth (filho de Adão e Eva) não eram carnívoros. Estes eram os descendentes de Caim (que matou Abel, ambos filhos dos primeiros da criação divina), que fundavam cidades, instauraram a cobiça e a ganância, que trouxeram o sofrimento e o caos para a humanidade, razão pela qual o Criador decidira por inundar a Terra e causar um "reboot" bastante traumático em todo o seu/nosso sistema.

Subliminarmente, o filme trás o conflito sobre o que deve ser feito e o que pode ser feito, testando os limites destas duas situações. Para o antagonista Tubal-cain (Ray Winstone), os animais e tudo que há na Terra estão ali para que sejam subjulgados pelo homem, feito imagem e semelhança do Criador, e com o poder de decisão para fazer o que quiser, quando quiser; Noé nos faz pensar se não somos apenas parte da natureza, e não o seu senhor.

O filme coloca várias dicotomias modernas e recentes em seus temas - veganos x onívoros, religiosos x ateus, hippies x yuppies, sustentáveis x consumistas - além de sentenciar que a ganância e a sede por sangue está intrínseca na humanidade todo tempo, em qualquer tempo (em cena de fantástica edição e montagem, o grande mérito técnico do filme).

Elementos de outros filmes de Aronosfky (do aclamado "Requiém por um Sonho", do underrated "The Fontain" e do quase-blockbuster-cult "Cisne Negro") estão em Noé: delírios, sonhos e alucinações, trabalhando para que uma mensagem metafórica e transcendental desafie nossos sentidos para enxergarmos além do que está sendo mostrado diante de seus olhos. O resultado pode não ser tão bom quanto os outros exemplos citados, mas, ainda assim, é válido.

A maçã e a serpente, os símbolos do pecado original - Foto: http://www.mtv.com/news/articles/1717553/noah-epic-gifs.jhtml



sábado, 10 de janeiro de 2009

O dia em que o cinema parou para ver Jaden Smith

"O Dia em que a Terra Parou" não é um filme sequer de parar o trânsito, mas será um clássico da sessão da tarde, com certeza. Mesmo sem empolgar, está longe de ser um fracasso: primeiro, pelo primor técnico e segundo, por um elenco que faz inveja, com o eterno Monty Phyton John Cleese e a premiada Kathy Bates em papéis coadjuvantes, e liderado pela ótima Jennifer Connelly e o muso-Matrix da ficção científica, Keanu Reeves.

Enquanto o eterno Neo tem a "difícil" tarefa de interpretar um alienígena pratimente alheio às emoções, é o filhote de Will Smith, Jaden Smith, que rouba o filme para si. O seu personagem consegue sintetizar todas as emoções humanas no decorrer da história e é a peça-chave para mudar o destino da espécie dominante do planeta.

Fora isso, o moral da história fica próximo de outro recente sucesso da ficção científica, "O Dia Depois de Amanhã". Ambos os filmes alertam para a consciência ecológica ao dizer que a Terra está farta de tanta exploração, já que os recursos naturais são finitos. Um livro muito bom sobre o tema é "Colapso", de Jared Diammond. Para quem gosta do tema, vale a pena conferir filmes e livro.