Barack Obama é sim um político especial. Em seu primeiro discurso no Congresso Americano, ficou claro que o plano de estímulo à economia, arrasada por George W. Bush e pelos bancos e seguradoras com práticas pouco sustentáveis, veio para ser mais uma oportunidade de uma nova onda de criatividade tecnológica aos EUA.
O plano pretende criar, incentivar e educar através da criação de novas tecnologias, como energia solar, eólica e também a expansão da internet banda larga em todo o país, dentre outras iniciativas. Com isso, vários coelhos são arrebatados em uma única cajadada: criação de empregos, ganho de conhecimento de tecnologia por parte daqueles que trabalharão nestas iniciativas, criação de riqueza e royalties.
Usando exemplos de como os EUA responderam à crises ao longo da história (como a criação de ferrovias no século XIX, o New Deal na Grande Depressão e a chegada do homem à lua, na década de 60), Obama reafirma o pioneirismo dos EUA diante de algo que no Brasil parece uma miragem: a inovação. Somente com a inovação, que necessita de investimentos em pesquisa e educação, um país pode criar riquezas e mudar sua situação muito rapidamente. A inovação é o melhor e mais rápido atalho para o desenvolvimento.
Enquanto isso, o Brasil, talvez o país com maior potencial de criação de novas energias, ainda tem em sua agenda um problema do século XIX na maioria dos países desenvolvidos: analfabetismo e saneamento básico, para citar os mais palpáveis. Obama aproveita a chance que a história lhe dá, enquanto o Brasil se perde em picuinhas e deixa uma grande oportunidade passar, mais uma vez. Somos o país do futuro.... do futuro muito, muito longínquo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário