sábado, 4 de dezembro de 2010

Fincher amarra os nós de "A Rede Social"


David Fincher é um grande diretor e sempre pegou temas polêmicos/criminais como Se7en, Fight Club ou Zodiac para dirigir, além do realismo fantástico de Benjamin Button. Agora, o seu desafio foi fazer de uma narrativa comum, sem sangue ou magia na acepção pura da palavra, um filme com a sua assinatura.

Não há muitos pontos em comum de seu novo aclamado filme, A Rede Social, história da criação do Facebook, com os outros supersucessos supracitados. O que há de comum é mais um filme excelente, com outros pontos a serem ressaltados. Ao contrário dos outros filmes, não há superestrelas aqui. Jesse Eisenberg, que personifica Mark Zuckerberg, o criador-gênio da rede social, vem sendo aclamado para prêmios de melhor ator, mas não vejo nada de diferente em sua interpretação que não esteja no ator em si (a fala rápida e articulada) e o extremo sarcasmo, já mostrado em Zumbilândia.

O restante do elenco também é bem conduzido pelo exímio diretor, mas a força da história está essencialmente no roteiro, com flashbacks e forwards, texto corrido, que exige atenção da platéia. Enfim, Fincher transpôs para a tela a rapidez do Facebook no texto em que dirigiu.

Nota especial para a trilha sonora ousada e "datada". Tem a cara dos primeiros deste século. Daqui há décadas, saberão de quando é o filme pela trilha, assim como sabemos quando um filme é da década de 70.

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