A série "House" chegou ao fim na noite de segunda-feira depois de oito temporadas de grande sucesso mundial. O especial de duas horas da Fox americana trouxe na primeira hora um documentário do que foi os oito anos de show e seus bastidores: câmeras, roteiristas, motoristas, figurinistas, produtores e atores. A segunda hora trouxe em si o último episódio, uma espécie de divã no próprio subconsciente do médico mais controverso que jamais habitou a telinha.
Se alguém achar que os oito anos da série foram sobre desvendar os mistérios da medicina, esta pessoa está enganada. Sempre a série dizia mais pelos olhares e ações de seus protagonistas que pelo texto e a análise profunda dos mistérios da existência humana, principalmente através de um personagem complexo e fora do comum como o brilhantemente interpretado por Hugh Laurie - vencedor de dois Globos de Ouro e dois Emmys pelo papel.
Laurie foi agraciado com prêmios, mas a série não. Desde a sexta temporada a mesma fórmula se repete: capítulos iniciais onde House está deslocado de sua realidade, seguidos por capítulos um tanto desinteressantes e episódios finais impactantes (os realmente marcantes e relevantes). A oitava temporada não foi diferente: Wilson descobre que tem câncer terminal e House, surpreendentemente, dedica todos seus esforços e atenções para salvar o único ser humano que realmente o entende e/ou o suporta.
Fiel ao espírito da série em que a realidade nua e crua, sem piedades, sempre aparece, não há cura milagrosa para Wilson e a saída é mostrar os dois em clima de "carpe diem" até que a morte, em meses, os separe.
A nota triste ou de alguma repreensão do término da série é a não-visita de Lisa Cuddy no capítulo. Todos os principais personagens da série foram revisitados, menos o grande amor de House. A briga dos produtores com a atriz Lisa Edelstein (se é que isso aconteceu), deve ter sido realmente feia.
No mais, House entra para a história como um dos maiores sucessos da TV e futuro recordista de vendas de DVDs (ou Bluerays): rever os episódios nunca será demais (quanto tempo demorará para sair o box completo, hein?).
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quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Hugh Laurie salva o início da 8ª temporada de "House"
Que a série "House" (a melhor da TV/computador) vem apresentando desgaste não é novidade nenhuma, nem para os fãs. Depois da chocante e justificada saída de Cuddy (Lisa Edelstein) do Princeton Plainsboro após House literalmente entrar em sua sala de jantar com um carro, o futuro ficou bastante incerto para o mais odioso e adorado médico de todos os tempos.
A oitava temporada começou muito parecida com a sexta: em vez de um centro de reabilitação de drogados, a cadeia. No entanto, se há dois anos tudo foi um choque (e o capítulo inicial teve ares de superprodução, diferentemente de agora), a prisão era algo bastante esperado para o protagonista.
Depois de um primeiro capítulo insosso, veio a continuação, que foi ao ar ontem. O capítulo centrado em um transplante de pulmão ("Transplant") foi literalmente um "breath of fresh air" para um início titubeante. Assim como na sexta temporada, House volta ao local de trabalho com Foreman no seu pé e várias restrições. A diferença é que Foreman agora não é somente encarregado sobre o departamento de diagnósticos, mas sim, de todo o Hospital (ficando com o lugar de Cuddy). O time já não existe mais e foi substituído por uma chinesinha (na verdade coreano-filipina) bastante CDF.
O fiel escudeiro Wilson está fulo da vida com o ex-melhor amigo e muito mais preocupado em salvar sua paciente, que precisa receber o tal pulmão para sobreviver. O trabalho de House é desvendar o que o morto doador tinha para tratar o órgão que resolve o quebra-cabeças. Obviamente, House não está preocupado em salvar a paciente e sim com duas coisas: resolver o mistério e reconquistar a amizade do único ser humano que o suporta. A frase "Wilson need this lung", no fim do episódio, revela suas prioridades.
Mas o que sempre me atraiu em House são as metáforas. O capítulo não é sobre o transplante de um órgão, mas sim o retorno de uma peça vital ao seu lugar de origem simbiótica. O lugar do misógeno é voltar a desvendar mistérios que só ele consegue. E de uma forma em que somente Hugh Laurie pode, magistralmente, interpretar.
A oitava temporada começou muito parecida com a sexta: em vez de um centro de reabilitação de drogados, a cadeia. No entanto, se há dois anos tudo foi um choque (e o capítulo inicial teve ares de superprodução, diferentemente de agora), a prisão era algo bastante esperado para o protagonista.
Depois de um primeiro capítulo insosso, veio a continuação, que foi ao ar ontem. O capítulo centrado em um transplante de pulmão ("Transplant") foi literalmente um "breath of fresh air" para um início titubeante. Assim como na sexta temporada, House volta ao local de trabalho com Foreman no seu pé e várias restrições. A diferença é que Foreman agora não é somente encarregado sobre o departamento de diagnósticos, mas sim, de todo o Hospital (ficando com o lugar de Cuddy). O time já não existe mais e foi substituído por uma chinesinha (na verdade coreano-filipina) bastante CDF.
O fiel escudeiro Wilson está fulo da vida com o ex-melhor amigo e muito mais preocupado em salvar sua paciente, que precisa receber o tal pulmão para sobreviver. O trabalho de House é desvendar o que o morto doador tinha para tratar o órgão que resolve o quebra-cabeças. Obviamente, House não está preocupado em salvar a paciente e sim com duas coisas: resolver o mistério e reconquistar a amizade do único ser humano que o suporta. A frase "Wilson need this lung", no fim do episódio, revela suas prioridades.
Mas o que sempre me atraiu em House são as metáforas. O capítulo não é sobre o transplante de um órgão, mas sim o retorno de uma peça vital ao seu lugar de origem simbiótica. O lugar do misógeno é voltar a desvendar mistérios que só ele consegue. E de uma forma em que somente Hugh Laurie pode, magistralmente, interpretar.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
The new House is in the house

The best show on TV is back, finally. The beggining of the sixth season of House brought the first episode without the tradicional opening, without the "Teardrop" song of Massive Attack. Instead, we listen a Radiohead song, "No surprises", with a beautiful scene of the painful doctor in detox from vicodin.
By the end of the fifth season, when the drug abuse knocks on House's door to charge its price, we though that the beggining of the next season would be about facing the detox from the pills. But this special premiere episode, with 2 hours (in fact, 1h27min, without the commercials), was about the real monster inside the most intriguing caracter of our time: his incapability of have a connection with another human being.
After half-hour of mockery, House faces the consequences of his cold behavior and finally realises that something is terribly wrong with him. Accepting his condition, the treatment at the clinic and by having a real relationship with the humans that are side by side with him, not under his God-self inflicted super diagnostic skills, House gets out as a new person.
The producers seemed to deliver to us a transition to a new phase on the show. Are you ready for this new House, capable of being interested in real emotions, without the deflections from the past? Ready or not, we all are curious to see what is about to happen next.
PS: first post in English... inspiration by a friend from Raleigh, North Carolina.
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