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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Colin Firth e Geoffrey Rush dão aula em "The King's Speech"
O filme com o maior número de indicações ao Oscar deste ano (12) é uma pequena obra prima. Simples e ao mesmo tempo sofisticado em seus pequenos detalhes, sem contar os grandes: as atuações de Colin Firth, como o rei do título, e Geoffrey Rush, seu "speech coach". A construção do personagem em seus detalhes, a insegurança, os trejeitos físicos, além da impostação de voz totalmente diferente da sua deve dar a este árduo ator inglês, que recentemente ganhou papéis de protagonista, seu primeiro Oscar.
Geoffrey Rush, um ator shakespeariano dos melhores, deve perder a estatueta de coadjuvante para Christian Bale. Nem por isso, sua atuação fica atrás da de Firth. Os dois enchem a tela como um jogo de tênis dos grandes, onde um jogador só tem toda a sua grandeza completada pelo seu duelista.
E para embelezar este duelo, o diretor inglês Tom Hooper fez um excelente trabalho ao contar a história do rei George VI e sua gagueira. Com ângulos intrigantes, ele simplesmente transformou cada tomada do filme em uma linda imagem, não como uma fotografia, mas sim um quadro pintado a mão com todo um cenário dando enfoque aos artistas. Um verdadeiro tapete de cores para deixar suas estrelas brilharem.
Helena Bonham Carter, como a rainha, e a trilha sonora de Alexandre Desplat são outros trunfos do filme, além da direção de arte, fotografia e figurinos. Das 12 indicações, o único prêmio certo é o de Firth, mas o que importa. "The King's Speech" deve ficar para a história como o primeiro grande filme clássico inglês desta segunda década do século XVI.
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