
Expectativa cumprida. Sim, já aposto nisso no meio do ano. O filme de Michael Mann, Public Enemies, é o favorito ao Oscar. É uma película digna da melhor tradição do cinema americano: narrativa clássica (começo, meio, fim), câmeras fixas, planos inteligentes e artísticos, mas no american way of filming. E talvez, com uma pitada de modernidade: não há maniqueísmos, já que os antagonistas parecem simplesmente cumprir os seus destinos rumo ao inevitável.
O centro da história é o personagem de Johnny Depp, John Dillinger, um gângster que infernizou o meio-oeste americano, roubando bancos especialmente em Chicago. Melvin Purvis, interpretado por Christian Bale, é o caçador do mitológico superstar da época pós-Al Capone. Dillinger foi tão emblemático que seus crimes interestaduais precipitaram a criação de leis criminais federais nos EUA e as células policiais que o perseguiram deram origem ao famoso FBI.
O primeiro grande trunfo do filme é o diretor,
Michael Mann, que treinou em realizar clássicos modernos em Heat e Collateral e agora finalmente conseguiu. Depois, o elenco internacional liderado por Depp, Bale e a francesa Marion Cotillard, vencedora do Oscar por Piaf. Desta vez, o prêmio máximo do cinema não deve escapar de Johnny Deep, que ano após ano brinda às platéias alternativas e dos multiplex com interpretações impecáveis, seja como o pirata Jack Sparrow, seja neste filme mais sério, como o gângster Dillinger.
Nos aspectos técnicos, edição, som e edição de som devem catapultar as indicações da premiação da Academia no próximo ano. Esperemos os concorrentes ao favorito!