sábado, 6 de fevereiro de 2010

Bigelow realiza obra-prima de direção com "The Hurt Locker"


O adversário de Avatar no Oscar, também com 9 indicações, é um senhor filme. Obra-prima de direção cinematográfica. Poucos filmes de guerra são tão profundos, tão angustiantes, e este próximo sim é o adjetivo do filme: tão reais. Você sente a tensão do esquadrão antibombas em ação, rodeado por olhos nada amistosos, com qualquer coisa sendo capaz de acontecer. A contagem regressiva da narrativa somente traduz aquilo que a platéia quer: que o filme acabe logo.

E isso não é algo ruim. O cinema é bom quando consegue inflingir na platéia sentimentos e "The Hurt Locker", com sua câmera tremida, bela fotografia e excelentes efeitos sonoros, inflinge pânico, medo, apreensão e até mesmo falta de ar. Sem efeitos, sem extraterrestres, somente uma história humana em uma guerra desumana. Kathryn Bigelow merece o Oscar de melhor direção.

Nas atuações, Jeremy Renner é o louco por adrenalina, viciado na situação fifty-fifty de vida ou morte. A interpretação deste quase novato nas telonas é o fio condutor de um filme em que as caras famosas como Ralph Fiennes, Guy Pierce, Evangeline Lilly (sim, a Kate, de Lost) e David Morse são logo descartadas, e por isso, marcantes.

Se "Avatar" é um excelente produto cinematográfico, "The Hurt Locker" injeta muito de diferença narrativa no American way of filming. Talvez seja um filme europeu, contado por americanos, o que o torna único.

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