quarta-feira, 24 de março de 2010

Lost: mistery not aeternus


O que era o papo da galera, cheio de teorias físicas como a teoria dos fios, virou um simples jogo de anjos e demônios, fumaças, mortes cada vez menos impactantes e ressureições menos milagrosas. Em sua sexta temporada, Lost apelou para o velho confronto entre o bem e o mal, que após mais de 4 mil anos de tradição oral, impressa e agora audiovisual, pouco pode surpreender a todos.

No entanto, não posso atacar a produção da série. Todos os elementos, como prometidos, estavam ali desde o começo. E agora, finalmente, começam a ser revelados. Nesta temporada, até agora, tivemos nove capítulos e além do quinto, em que Jack finalmente descobre o que são os maledetos números, o nono era o que eu mais esperava.

"Ab aeterno" tem Richard Alpert como personagem central. Richard costumava morar em outra ilha antes de parar no amontoado de terra cercado por àgua mais falado do século XIX. Dois séculos atrás, Ricardo vivia em Tenerife e foi comprado pelos navegadores do Black Rock quando estava para ser enforcado, condenado por matar acidentalmente o médico que poderia salvar sua moribunda esposa.

Na ilha, Alpert ficou como joguete nas mãos do Black Smoke e Jacob, escolhendo o lado que já sabemos. A grande sacada do episódio para explicar o grande mistério está na metáfora que Jacob faz com uma garrafa de vinho. A ilha é a rolha que não deixa o vinho, a essência do mal, escapar para o mundo exterior e transformar a Terra em um verdadeiro inferno.

Interessante, mas se os personagens de Lost dessem uma olhada ao redor, talvez vissem que sua missão já está fracassanda há tempos. Deixando as ironias de lado, faltam dois meses para tudo acabar e quem sabe, não estaremos mais perdidos no seriado mais comentado dos últimos anos.

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