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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eastwood discute ceticismo diante do Além em "Hereafter"


"Hereafter" é o mais recente filme do melhor cineasta norte-americano, Clint Eastwood. Apesar de não estar entre seus mais marcantes trabalhos, sua assinatura está lá: emoção, no tom certo, atores desconhecidos aparecendo de maneira notável, sua trilha sonora marcada pelo piano, cortes clássicos de uma cena para outra e o seu olhar peculiar, instigante, sobre temas universais.

O filme tem três frentes: uma famosa jornalista francesa que quase morre no tsunami na Tailândia (interpretada por Cécile de France - foto), um menino londrino que perde seu irmão gêmeo (interpretados por Frankie e George McLaren) e o vidente americano que quer deixar o seu dom de lado (interpretado pelo astro Matt Damon).

As narrativas se cruzam e mostram como a morte, o anseio pelo contato com o "outro" lado ou até mesmo o contato com o Além podem afetar a vida das pessoas. A situação mais típica é a da jornalista, que era muito respeitada até assumir que teve uma experiência de além-vida. A pergunta deixada por Eastwood é por que não considerar tal hipótese, vista pela sociedade como sinal de loucura?

Um detalhe técnico a ser ressaltado é que os personagens franceses realmente falam em francês, um detalhe que na maioria dos filmes americanos seria prontamente mudado.

O filme teve uma indicação ao Oscar, que, para quem não viu, pode ser surpreendente: efeitos visuais. A reconstituição do tsunami é realmente de impacto.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Morgan Freeman ofusca "Invictus"


Ok, crítica. Clint Eastwood é o meu cineasta favorito, mas realmente "Invictus" não está na lista de seus melhores filmes. Talvez por ser um filme que tenha esporte (no caso o rugby) como um de seus elementos principais, talvez pelo final da produção, com o velho clichê desnecessário com a câmera lenta ou ainda com algumas frases batidas, um tanto preguiçosas para os filmes do Master Clint.

Obviamente, o filme não é ruim, apenas aquém de tudo de brilhante que Eastwood já fez. E também obviamente, há uma interpretação fantástica, no caso, a de Morgan Freeman como o presidente Mandela. Somente um ator de primeiríssima classe poderia encarnar um dos personagens mais importantes da história, responsável por ser a pessoa a unificar a África do Sul, tanto brancos, como negros. Freeman, apesar dos erros do filme, fez isso ser crível e emocionante. Outro erro é ele estar fora da lista do Oscar, mas isso sempre ocorre, não?

domingo, 31 de maio de 2009

Hail to the star!

Hoje é aniversário do maior ícone vivo do cinema americano. Viva "sir" Clint Eastwood! Talvez possa haver alguma ator americano melhor que ele; talvez possa haver compositores de trilhas sonoras melhores do que ele; muito improvavelmente possa haver um diretor americano melhor que ele; e é impossível que exista alguém que, aos 79 anos, esteja ainda no auge da produção intelectual como ele!

Viva Clint Eastwood!

Ah, é só clicar na tag abaixo com o nome dele para ver outros posts sobre as mais recentes produções de Eastwood: Changeling e Gran Torino (este, o melhor filme de 2008).

terça-feira, 31 de março de 2009

El Gran Eastwood

Como já disse no tópico de Changelling, Clint Eastwood é, na minha opinião, o maior e melhor cineasta americano. Americano pois segue a escola de D. W. Griffith, ou seja, é uma narrador clássico, que raramente apela para uso de flashbacks ou a utilização de posicionamentos não-convencionais de câmera.

Mesmo flertando com a previsibilidade e com alguns clichês, Clint Eastwood sempre surpreende, sempre emociona. E em Gran Torino, além da habitual impecável direção e a tocante trilha sonona, o ícone do cinema americano nos brinda com sua possível última atuação. Infelizmente, o filme e Eastwood foram ignorados pelo Oscar.

No filme, o personagem Walt Kowalski se vê desconectado do mundo após ficar viúvo. Ele não reconhece os valores de sua América em sua própria família ou na devastada Detroit, antes, centro econômico dos EUA, agora, uma terra devastada pela pré-falência da indústria automobilística.

Em um mundo em que ele é um estranho, Kowalski se conecta com os estrangeiros que acabam de se mudar ao seu lado. Imigrantes do sudeste asiático, os jovens Sue e Thao logo têm uma relação paternal e professoral com o velho Eastwood, que vê nesta relação, mesmo que não abertamente, sua última e relevante missão.

O final do filme volta a nos lembrar que a paz nesta Terra parece estar ligada à sacrifícios humanos, seja em Detroit, seja na Judéia, em qualquer época que você queira pensar. Quando isso acabará?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

"A Troca" é ode à liberdade e à democracia

Clint Eastwood é o maior cineasta americano. Ponto. É isso... ele tem um estilo clássico, puro, sem rodeios, sem flashbacks, sem câmeras mirabolantes, sem efeitos especiais e ainda sim, gênio!

Não assisti a todos os seus filmes como diretor, mas nenhum foi abaixo de ótimo... Pontes de Madison, Iwo Jima, Million Dollar Baby... e Changelling não é diferente. Reconstrução histórica perfeita, o filme conta a história do desaparecimento do filho da personagem de Angelina Jolie, ótima no papel da mãe desesperada e obstinada até às últimas conseqüências.

O fato determinante que reafirma a genialidade de Eastwood é a interpretação do jovem Eddie Alderson. Seu personagem foi cúmplice de uma série de assassinatos e a confissão feita pelo ator de 14 anos foi extremamente convincente. Méritos do diretor, que consegue extrair o melhor de tudo o que toca.

O filme é uma ode à justiça e à democracia. Se a frase soar clichê ou pedante, ótimo... sinal que estamos vivendo tempos melhores os que o retratado em Changelling (a Los Angeles dos anos 20/30).... será mesmo?