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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Franquia X-Men promove auto-reboot em "Days of Future Past/Dias de um Futuro Esquecido"

Um dos filmes mais esperados do ano estreou hoje. O novo "X-Men: Days of Future Past" tem um enredo muito parecido com alguns dos quadrinhos que lia em meados da década de 90, com um futuro apocalíptico onde os mutantes eram caçados por sentinelas. Mas no filme que marca a volta de Brian Singer à direção da franquia (foi diretor dos dois primeiros e produtor no restante), os sentinelas são muito mais perigosos que nos quadrinhos ou no ultra-cult desenho animado que passava na TV Colosso - eles são uma mistura de Vampira com Mística, capazes de se adaptar e enfrentar os mutantes com suas respectivas "kriptonitas".

Para evitar a extinção, os X-Men dão um jeito de mandar a consciência de Wolverine (Hugh Jackman) para o passado e conter a cadeia de eventos que leva os personagens à derrocada. A viagem no tempo leva os expectadores ao reencontro com o elenco do melhor filme da franquia, "First Class", com James McAvoy (Professor Xavier), Michael Fassbender (Magneto) e Jennifer Lawrence (Mística). Além disso, o vilão neste filme é o excelente Peter Dinklage (o Tyrion Lannister de "Game of Thrones").

Wolverine (Jackman) pode ser o chamariz da bilheteria da franquia, mas o ying-yang de Xavier/Magneto e as magníficas interpretações de McAvoy e Fassbender são a beleza da nova fase dos filmes dos X-Men

Se a história fica bem aquém de "First Class/Primeira Classe" (onde conhecemos as origens dos personagens e a questão da xenofobia e intolerância está muito presente e bem retratada), os efeitos realmente são de tirar o fôlego, além de um elenco muito afiado. E é o elenco a grande razão da existência do filme. "Days of Future Past" prepara a série de filmes de X-Men para um novo presente, onde até mesmo Jean e Scott (dois personagens centrais nos quadrinhos) estão de volta, além da manutenção dos Oscarizados/Oscariáveis (McAvoy-Fassbender-Lawrence) citados acima. É um "Control+Alt+Del" em tudo o que foi feito para que novos filmes com os novos protagonistas sejam produzidos.

PS: fiquem até o final, que mostra cenas do próximo filme, X-Men: Apocalypse (2016)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

“Gigantes de aço” é tudo o que um filme americano quer ser


Divertido, emocionante, bem dirigido, editado, com um roteiro na medida e, sobretudo, com atuações afiadas. O atual campeão de bilheteria dos EUA, “Gigantes de Aço” (Real Steel) é um blockbuster com cérebro e, principalmente, coração.

O filme se passa em 2020, quando o MMA e o boxe já não são mais atividades humanas, mas sim, destinadas a robôs. O ex-boxeador e apostador inveterado interpretado por Hugh Jackman têm sua vida mudada com a entrada de seu filho (Dakota Goyo) em sua vida.

Mesmo recheados de clichês dos filmes onde os underdogs conseguem dar a volta por cima, a química entre um roteiro muito bem escrito e a dupla de protagonistas criou um clássico instantâneo do gênero “Family Entertainment”. E, além disso, quem sabe, um grande azarão para a temporada de prêmios do cinema (leia-se Globo de Ouro e até mesmo o Oscar).

O filme tem dois paralelos interessantes: com os robôs, remete ao acéfalo ultra-blockbuster “Transformers”, que não chega aos pés de “Gigantes de Aço”; e com o boxe, remete ao filme “O Campeão”, recentemente considerado o mais triste de todos os tempos. Só que no clássico do século XXI, a ligação entre pai e filho parte de direções opostas para um final feliz, diferentemente do filme protagonizado por Jon Voight.

Outro aspecto interessante do filme está nos gadgets usados pelos personagens, apontando tendências de um futuro muito próximo. Celulares e laptops são translúcidos e holográficos. Fica a dica para a Apple e concorrentes, que, com certeza, se inspiraram em “Minority Report” para criar as onipresentes telas touchscreens de hoje.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Fraco, X-Men Origins: Wolverine atinge objetivo

A série X-men é uma das poucas em que o segundo filme superou o primeiro, mas não conseguiu fazer o que a "franquia" Bourne fez: três excelentes filmes, talvez um melhor que outro. No caso dos mutantes, tudo parou no segundo filme, com uma certa alusão ao terceiro: ali, o diretor Brett Ratner tomou muitas liberdades que foram além do imaginável no universo de quem ama os personagens - Jean Grey NUNCA mataria Scott Summers.

Em X-Men Origins: Wolverine, o melhor do filme fica por conta dos primeiros minutos, onde realmente a origem de Wolverine é contada, com uma ótima seqüência mostrando todas as guerras pelas quais o mutante passou e sua relação com seu irmão Victor Creed.

Terminados os minutos iniciais, tudo não passa de uma narrativa previsível com efeitos especiais Ok. O filme não cumpre o papel reflexivo que os gibis ou o segundo filme da série provoca, mas os produtores não estava atrás disso. Estavam atrás dos assustadores US$ 87 milhões que o filme gerou em seu primeiro final de semana nos EUA. A previsão do total deve ficar acima dos US$ 400 milhões em todo o mundo. Então, missão cumprida, Wolverine!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Austrália é cartão postal de três horas

Belas imagens e uma história contada de uma maneira um tanto esquizofrênica. Ok, isso pode valer para outros filmes de Baz Luhrmann, como Romeu e Julieta e Moulin Rouge. Mas nestes dois sucessos, a esquizofrenia estava presente desde o começo e se mantinha, como um estilo. Talvez o estilo musical seja mais a cara do diretor.

Nesta tentativa de criar um épico australiano, Luhrmann misturou comédia, aventura e drama de guerra, causando diferentes emoções na platéia. A comédia, no começo do filme, causa constrangimento; a aventura, principalmente na cena do estampido do gado, grande impacto visual; e o drama romântico de guerra por vezes causa ainda mais constrangimento.

No entanto, a emoção que mais impacta a platéia é a distração. O filme não consegue prender a atenção na história e serve mais como um belo cartão postal, mas longo demais.

No elenco, Nicole Kidman e Hugh Jackman (que deixa Wolverine um pouco de lado em sua carreira) estão ok, mas quem rouba a cena é o garoto aborígene Brandon Walters no papel de Nullah. Seu personagem traz relevância ao filme, ressaltando a política em vigor no país até 1973, que determinava que crianças mestiças deveriam ser retiradas das famílias aborígenes e serem criadas em missões, para "purificar o sangue". A catequese à jesuítas parece ter perdurado muito tempo na Austrália.