terça-feira, 13 de outubro de 2009

House mata três coelhos com uma só bengalada


Depois de um início promissor e o melhor episódio da série até então (The Tyrant), a sexta temporada dá uma desacelerada em sua quarta exibição. Em "Instant Karma", um bilionário vê seus negócios prosperarem enquanto seu filho definha sofrendo de uma doença desconhecida.

Enquanto a notoriedade de House leva o garoto ao Princeton Plainboro, Foreman e Chase estão com a cabeça distante, tentando se livrar dos "erros" médicos cometidos na morte do ditador-genocída Dibala.

House ao mesmo tempo que consegue desvendar os enigmáticos sintomas, tenta trazer Thirteen de volta ao time e ainda, por debaixo dos panos, aponta uma saída para os aflitos integrantes de sua equipe escaparem da inevitável investigação. Nada mais, nada menos que um gênio não faria.

sábado, 10 de outubro de 2009

"Deixa ela entrar" é um caleidoscópio


O filme sueco que está na boca de todo mundo conta a história do frágil garoto Oskar, alvo de bullying em sua escola, e sua nova e sinistra vizinha, Eli. Enquanto o menino vai aprendendo a revidar contra seus problemas, Eli ataca um ou outro habitante da cidade, já que é uma vampira.

A amizade entre os dois vai se fortalecendo até um ponto em que estão em completa simbiose: Eli protege Oscar à noite, enquanto Oscar afasta os perigos do sarcófago durante o dia.

O que parece ser uma tocante história de um amor pré-adolescente na verdade é apenas um conto sobre uma vampira de "12 anos, mas 12 anos há muito tempo" que necessita de um novo servo para suas necessidades nos próximos 50 anos.

Eli não se muda para a vizinhança de Oskar sozinha, mas sim com um suposto pai, que a ajuda a obter sangue fresco dos adolescentes locais. Seu fim é ser descartado como lixo pela vampira. Como a história se passa no final dos anos 70, neste momento, Oskar estaria sendo sugado e jogado às traças em algum canto da fria Estocolmo.

Vampiros são romanticos, não? Think again, fãs do Crespúsculo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"The Time Traveler's Wife" explora inevitabilidades da vida


Em vez do Homem Invísivel, filme e ícone do imaginário do histórico de ficções científicas, temos um romance-ficção científica do Homem que, sim, desaparece, mas porquê viaja no tempo. Este é o ponto de partida do filme "The Time Traveler's Wife" (no rídico título em português "Te Amarei para Sempre").

Na produção de Brad Pitt, Eric Bana é o amado de Rachel McAdams e juntos, enfrentam as agruras de uma relação em que nem sempre o marido está por perto nos melhores momentos, pois uma força maior o arrasta para longe. Metáforas do cotidiano comum?

Bana viaja no tempo, mas, mesmo dando pistas sobre o futuro a seus entes queridos, não consegue evitar o dura cronologia dos fatos. Desencontros, felizes e infelizes, acontecem, mesmo com o protagonista tendo um poder que muitos invejam.

O tempo parece sempre seguir seu curso, firme, nunca sendo mudado, mas transformando a percepção das pessoas sobre o amor, a vida e, principalmente, a morte.

Thank you, George W. Bush


É isso o que o presidente Barack Obama, o novo Nobel da Paz, deveria dizer. Há pouco menos de um ano no posto de homem mais poderoso do mundo, suas atitudes totalmente diversas do "atira primeiro, pergunte depois" de Bush são as verdadeiras responsáveis pelo prêmio mais conhecido da humanidade. O contraste entre a intolerância do texano e a diplomacia do havaiano deram ao comitê sueco essa alternativa até um tanto quanto inesperada de escolher o presidente dos EUA como o laureado do ano.

Mas o prêmio, que a princípio dá prestígio a um Obama um tanto abatido no momento atual nos EUA (até mesmo a perda de Chicago como sede olímpica estava sendo usada para desprestigiá-lo), pode respingar negativamente para o presidente e também para o comitê sueco. Nunca se sabe o que o futuro destina: Obama pode ser forçado a uma intervenção mais forte no Afeganistão e problemas com Coréia do Norte e Irã tem grande potencial bélico.

Que saia justa não será para um premiado Nobel da Paz ter que invadir um país? E o comitê, com que cara ficará? Noc, noc, noc...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Realities e consoles invadem a vida real em "Gamer"


Em alguns outros posts, comento que cada vez mais Hollywood aglutina em uma única célula de entretenimento em massa cinema e videogame. "Gamer" propõe a aglutinação da realidade aos videogames. Um mundo onde os desafortunados participam de reality-games, ganham uma grana, mas são comandados pelos ricos com recursos suficientes para pagarem à companhia que tudo controla, como um verdadeiro Big Brother em um futuro não muito distante.

A premissa assustadora mas não improvável é bastante interessante. Já o desenrolar da história, nem tanto. Dirigido em um frenético ritmo inspirado em HQs pelos desconhecidos Neveldine e Taylor, a produção tem uma trama pobre, que não passa de um filme de Charles Bronson dentro de "The Sims" - Gerald Butler é Bronson, acusado injustamente de um crime e tem que realizar hérculeos trabalhos (no caso, sobreviver a um jogo de combate mortal e bastante real, tendo seu cérebro controlado por um teenager) para salvar sua amada e filha. A inevitável e patética batalha entre o good guy e o bad guy obviamente acontece e com desfecho idem.

No mais, o filme propõe alguns palpites de como a tecnologia se desenvolverá num futuro próximo. Mais uma vez, a nanotecnologia e a conversibilidade de internet e TV estão lá. It is inevitable...