segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Rebuscamento atrapalha atores em "The Lovely Bones"


Less is more. Os comentaristas de moda sempre dão este conselho. Peter Jackson, que desde a trilogia ultrapremiada e bilionária do Senhor dos Anéis, ganhou o poder dos efeitos especiais de primeira linha de sua Wingnut Films, parece não saber quando usar uma bazuca quando um simples revólver de chumbinho resolveria.

Em "The Lovely Bones", o elenco estelar conduzido pela garota-prodígio Saiorse Ronan (foto) e com Stanley Tucci (indicado ao Oscar em um papel que o descaracterizou fisicamente), Mark Walhberg, Rachel Weisz e Susan Sarandon, tem suas atuações atrapalhadas pela música, cortes e efeitos visuais sufocantes introduzidos na história pelo diretor, que perdeu a mão.

Em vez de usar a grandiloquência da Terra Média como referência, Jackson poderia inspirar-se em um dos seus primeiros filmes, o tocante e contundente "Heavenly Creatures", que marcou a estreia de Kate Winslet no cinema.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

American Idol: top 24 aponta para final "guitar acoustic"


Se no ano passado, o guitar acoustic Kris Allen teve de derrotar o glam rocker Adam Lambert, este ano, Allen parece ter feito tendência. Depois da fase-piada das auditions EUA a fora e da choradeira da Hollywood week, a nona temporada de American Idol entra na parte séria da cantoria com os 24 melhores, quer dizer, os 24 escolhidos pelos jurados.

E os três melhores, na minha opinião, cantaram com o violão a tira-colo. Didi Benami, Andrew Garcia e Crystal Bowersox cantam muito, cada um a seu estilo. Benami lembra bastante a Colbie Caillat; Andrew Garcia lembra Allen, talvez cante até mais; e Bowersox tem um quê de Janis Joplin. Pelas comparações, vocês já sentiram quem eu acho que vai ganhar. Pode estar cedo, mas na provavel final, será o talento musical de Garcia em mudar os arranjos com a força da voz que perfura a alma de Bowersox. Vejamos...

Obviamente, há uma galera que pode entrar na final e que não brilhou ainda. E nesta parte, também aposto nas mulheres, como Katie Stevens (que fala português!), Lilly Scott e Ashley Rodriguez. Entre os homens, o crooner asiático John Park, o roqueiro seventies Tyler Grady e o soul singer Cirque Du Soleil Todrick Hall são as zebras. Let the show begin, next tuesday!

PS: alguém sabe por que Jermaine Purifoy foi eliminado?

“Precious” é tour de force de atrizes


Em muitos prismas, “Precious”, assim como “The Hurt Locker”, é muito melhor que o provável vencedor do Oscar deste ano, “Avatar”. O filme de Lee Daniels, o segundo diretor negro a jamais ter sido indicado ao prêmio, é uma saraivada de socos no estômago.

Com um roteiro primoroso e uma direção original, Daniels consegue o seu melhor resultado na condução do trabalho das atrizes do filme, desde as coadjuvantes, como uma surpreendente Mariah Carey, às protagonistas, Mo’nique e Gabourey Sidibe.

Sidibe estréia como uma garota com obesidade mórbida e abusada pelos pais das mais cruéis e diferentes maneiras possíveis. Sua interpretação realista, crua e sensível é tocante. Mas a estrela do filme é Mo'nique, a mãe cruel, no papel feminino mais macabro do cinema desde Kathy Bates, como Annie Wilkes, em "Misery". Cada aparição de Mo'nique na tela causa calafrios, o que transforma o filme praticamente em um thriller psicológico quando está presente em cena.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jack Bauer finalmente vai à capital do terrorismo real


A série 24 horas finalmente chegou à NY. Depois de seis temporadas em Los Angeles e uma em Washington, o personagem Jack Bauer desfila seu arsenal de torturas sob pressão na cidade que foi alvo do maior ataque terrorista real dos tempos modernos.

Se o cenário mudou, a fórmula não: tramas e subtramas se sucedem – quando um perigo acaba e tudo parece tranqüilo, existe sempre um vilão maior. Chloe continua como o backup do agente e as tramas amorosas dentro da CTU sempre garantem emoções extras ao protagonista.

A única coisa que pode garantir uma novidade na série, que perdeu totalmente o fôlego, é em cima de uma declaração de Kiefer Sutherland sobre o seu alter-ego mais famoso: “Se a morte de Bauer garantir mais emoção e fizer sentido à história, não vejo porquê não acontecer”. Será?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Heroes retoma rumo em sua quarta temporada


A primeira temporada de Heroes tinha todo o impacto de um certo ineditismo dos personagens e as emoções que as descobertas de seus poderes tinham em cada um. Além disso, toda a ambivalência e incerteza ao redor do personagem Noah Benett, o pai de Claire.

A segunda temporada se perdeu em meio a grave dos roteiristas de Hollywood; já a terceira perdeu-se devido à própria produção da série, cujos roteiristas foram demitidos, mas os novos não salvaram Heroes do total caos

A quarta temporada conseguiu ter um mote principal (o Carnival de Samuel Sullivan - interpretado brilhantemente por Robert Knepper - e o vazio dentro dos specials em se encaixar no mundo, além da crise de identidade de Sylar), com detalhes principais que estão presentes desde o primeiro capítulo e seriam explicado ao longo de todos os outros episódios, superando claramente as duas temporadas anteriores.

Os furos em algumas explicações continuam, mas Heroes conseguiu ser assistível novamente e deve garantir sua sobrevivência por pelo menos mais duas temporadas.