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segunda-feira, 19 de maio de 2014

McBrasil é o favorito campeão; será que a Seleção consegue?

O McBrasil (vendido aos domingos) ganha, por um nariz, do McArgentina (vendido às sextas) com o melhor sanduíche dos "Favoritos McDonald's". Tá certo que isso não é lá grande coisa, pois os dois são os únicos que realmente valem a pena. A maionese e o vinagrete casam perfeitamente com o queijo ementhal (acho que o McDonald's tem um estoque de ementhal pra vencer, por isso colocou em quase todos os sanduíches) e valorizou os dois hambúrgueres de angus. Deu vontade de comer outro...

McBrasil: carne Angus, queijo ementhal, alface, vinagrete e maionese no pão especial. Foto: McDonald's.


Todo mundo só comenta entre uma final entre as duas potências sulamericanas. Eu acredito que o Brasil seja sim o favorito máximo da Copa, muito por conta da sua performance na Copa das Confederações. Eu não acredito muito é na Argentina no dia 13 de julho no Maracanã. O Brasil tem um Grupo A acessível, com Croácia, México (tradicionalmente perigoso - vide Copa das Confederações de 1999 e Olimpíadas de 2012) e Camarões.

Como se alguém não soubesse, segue a lista de Felipão, com os sete suplentes:

Goleiros: Jefferson (Botafogo), Julio César (Toronto F.C) e Victor (Atlético-MG)
Zagueiros: Dante (Bayern de Munique), David Luiz (Chelsea), Henrique (Napoli) e Thiago Silva (Paris Saint-Germain)

Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Roma), Marcelo (Real Madrid) e Maxwell (PSG)

Meio-campistas: Fernandinho (Manchester City), Hernanes (Inter de Milão, Luiz Gustavo (Wolfsburg), Oscar (Chelsea), Paulinho (Tottenham), Ramires (Chelsea) e Willian (Chelsea)

Atacantes: Bernard (Shakhtar), Fred (Fluminense), Hulk (Zenit), Jô (Atlético-MG e Neymar (Barcelona)

Suplentes:
Goleiro: Diego Cavalieri (Fluminense)
Defensores: Rafinha (Bayern de Munique), Miranda e Filipe Luis (Atlético de Madrid)
Meias: Lucas Leiva (Liverpool) e Lucas (PSG)
Atacante: Alan Kardec (São Paulo)

domingo, 27 de abril de 2014

Bonito espetáculo do rugby do Brasil na Arena Barueri

Por muitos anos, uns 60% das pessoas que me conhecem acham que eu joguei rugby... no metade do tempo em que isso foi afirmado com veemência, havia desistido de negar. Sempre soube que era muito diferente, já vi na televisão e tudo mais, mas nunca ao vivo. Hoje (26/04), tive a oportunidade de conhecer presencialmente tanto mais um esporte bretão quanto a Arena Barueri. Ambos me impressionaram de forma bastante positiva.

Não adianta neste relato eu tentar dar alguma opinião tática (técnica até poderia, mas vou passar) sobre a partida Brasil x Chile, válida pelo Campeonato Sulamericano da modalidade (algo que só soube horas antes de ir para o estádio), pois realmente rugby é muito diferente do futebol americano.

O Brasil derrotou o Chile pela primeira vez em jogos oficiais: 24 x 16. Foto: Victor Romualdo Francisco

O que gostaria de falar é sobre a ética inerente ao esporte. É algo em que uma lesão grave e uma grande jogada tem uma linha tão tênue entre si que somente a ética de quem o joga o torna algo absolutamente leal e feroz, ao mesmo tempo. A luta pelas jardas se parece muito com o futebol americano, mas o instinto kamikaze talvez seja ainda maior.

Outro detalhe é o público. Mais de 2 mil pessoas fizeram uma bonita festa na Arena Barueri. Aprendi que, assim como no futebol americano, há momentos em que a torcida deve fazer silêncio também - as conversões, que seriam como extra-points ou field goals. O que não sabia é que a torcida exige silêncio neste mesmos momentos quando o adversário está para pontuar. Desculpe, mas realmente, não parecia que estava no Brasil...

O que também estava acima da média corriqueira do Brasil é o estádio. Chegando em Barueri, placas o levam com tranquilidade à Arena, que conta com um bom estacionamento subterrâneo (R$ 30,00) e externo (sem flanelinhas!). O banheiro era mais limpo que o do estádio de Wembley na final da UEFA Champions League, mas perdeu para o Estádio da Luz, em Lisboa.

Ah, voltando a falar sobre o jogo, sou pé-quente: foi a primeira vez que o Brasil venceu o Chile em Campeonatos Sulamericanos: 24 x 16 para os Tupis (é assim que somos conhecidos, em vez de "canarinhos", para o futebol, ou "onças", para o futebol americano).

Saiba mais sobre a Seleção Brasileira de Rugby em sua página no Facebook. Foi por ela que soube da realização da partida.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dilema que assombra a Ucrânia há séculos reaparece em Kiev

Leis contra reuniões para protestar contra um governo que não age com transparência diante da população que o elegeu acabam por gerar mais revolta em uma democracia recém-instaurada. Não, não estou falando de algo que pode acontecer no Brasil em alguns meses, mas sim sobre a Ucrânia, que hoje enfrenta o dia mais sangrento desde que os protestos começaram no fim de 2013. Milhares estão nas ruas de Kiev, tomaram a prefeitura e cercaram a polícia, em um confronto que já causou dezenas de mortos - acompanhe pelo link.

Kiev em chamas - Live streaming de http://rt.com/on-air/ukraine-central-kiev-protest/ - 18 de fevereiro de 2014

Só que na Ucrânia, diferentemente do Brasil ou a Tailândia, onde a corrupção e a falta de transparência no uso do dinheiro público causa uma latente revolta da população, há um componente histórico recorrente: o dilema entre a internacionalismo ou a russificação? O dilema é inclusive o título de um livro dos anos 60, escrito por Leonid Dzuba.

A Ucrânia vive um período único em sua história. Há 22 anos, é um país independente. Nunca, por tanto tempo, conseguiu ficar sem o domínio claro de uma potência estrangeira. O outro período de maior "independência" foi de 1917 a 1921 - o fim dos czares deu a falsa esperança que os bolcheviques permitiriam que um povo com uma cultura definida pudesse ter finalmente o seu próprio país, com suas próprias fronteiras.

Aliás, a palavra Ucrânia quer dizer isso mesmo, fronteiras... algo constantemente alterado durante os séculos de existência desta nação. A Ucrânia sempre esteve no meio de outras potências e, para escapar do domínio de uma, fazia alianças com a outra, que, invariavelmente, tornava-se o próximo poder opressor. Foi assim com o Império Bizantino e os mongóis, com os poloneses e os russos, com os nazistas e os soviéticos. No entanto, quem mais esteve no domínio da Ucrânia foram os russos, que deste 1654 (Tratado de Pereyaslav - fim do domínio polaco-lituano), praticamente anexaram o país.

E este é o principal motivo dos protestos: os ucranianos querem o fim da influência russa sob o país, algo que não parece ser o desejo do governo do presidente Viktor Yanukovych, que esteve perto de assinar um acordo comercial com a União Europeia (Internacionalismo), mas, por fim, assinou um acordo de mais de 15 bilhões de euros em compras de títulos nacionais por parte de Vladimir Putin (Russificação).

Além do desejo de realmente ser independente da Rússia, feridas históricas afastam a maioria da população do desejo de continuar sobre a esfera da Moscou. O fato mais marcante é o "Holodomor", política de genocídio aplicada por Stalin em 1932 e 1933 contra os camponeses ucranianos que não colaboraram com o plano quinquenal. A ação, que consistia cortar o fornecimento de alimentos a regiões do país, causou mais de 3 milhões de mortes diretas e 6 milhões de forma indireta, devido à desnutrição da geração posterior. O fato ainda é contestado historicamente.

Vamos ver o que os próximos dias e meses trarão para a continuidade destes poucos anos, inéditos, de independência da Ucrânia. A história mostra que escolher um lado contra o outro nunca trouxe resultados definitivos para que a terra chamada de "fronteira" pudesse ter as suas intactas por muito tempo. Chegou a hora de realmente caminhar com as próprias pernas?

Para saber mais sobre a história da Ucrânia, além da óbvia (e fantástica) Wikipédia, indico a série de documentários do cineasta polonês Jerzy Hoffman. São longos, mas pra quem gosta de História, dá pra assistir um por dia de boa (vi todos hoje). Seguem os links abaixo:

Ukraine - Birth of a Nation - Parte 1

Ukraine - Birth of a Nation - Parte 2

Ukraine - Birth of a Nation - Parte 3

Ukraine - Birth of a Nation - Parte 4

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Nem os R$ 0,20 acabaram ainda...

Não, não são só R$ 0,20 e eles nem acabaram ainda. Se a revogação do aumento em São Paulo (onde os vinte centavos são literais) e em outras grandes cidades do Brasil é algo a ser comemorado e muito, temos que lembrar que crescemos e aprendemos muito nesta quase uma semana de prática efetiva de cidadania. Mas que tal continuar a aprender e ir mais fundo na lição.

Pela manhã, após mais de uma hora de atraso, o prefeito Fernando Haddad concedeu uma coletiva absolutamente arrogante e descolada da realidade, não dando indícios de que em qualquer momento próximo o aumento seria revogado. Quando perguntado pelo SPTV quais setores poderiam ser afetados com a revogação da passagem, respondeu que não tinha levado isso em consideração ainda.

Seis horas depois, estava em nova coletiva, acompanhado do governador Geraldo Alckmin, para anunciar a tão pedida revogação dos R$ 0,20. Festa, ok... mas o que mudou em seis horas? O que foi combinado com a presidentE Dilma e o ex-presidente Lula para a ação articulada junto com o Rio de Janeiro? De onde eles vão retirar o dinheiro para custear a revogação ("nós vamos ter que cortar investimentos")? Todos nós queremos que os cortes provenham de uma administração mais responsável e menos corrupta, mas não foi isso o que foi sinalizado.

E acima de tudo, para provar que realmente não é tudo pelos vinte centavos: todos os protestos são pelo direito de poder participar e sermos protagonistas nas decisões das três esferas governamentais e não apenas entrar com o dinheiro para custear os desmandos dos políticos. Fizemo-nos ouvir, mas ainda somos tratados com unilateralidade. A revogação foi feita em um anúncio e não em uma coletiva, onde as perguntas acima poderiam ter sido feitas.... ou eu estou sendo ingênuo?


Sim, acredito que esteja sendo ingênuo. A revolta e os protestos não foram apenas contra os três poderes nestes últimos dias, mas também contra o "quarto" poder, a imprensa. Sempre ouvia com bocejos aos meus amigos "radicais de esquerda" que sempre postam que Globo, Veja, Folha e Estadão são vendidos e atrelados ao establishment. Mas para ser bastante caridoso, a semana passada foi uma grande prova disso. Desde os editoriais de Folha e Estadão, que incitaram a violência policial da quinta-feira, aos esquizofrênicos tratamentos de Arnaldo Jabor e Veja aos protestos (comparando os manifestantes ao PCC e a vândalos), os quatro grandes viraram a casaca de maneira vergonhosa para não ficar com a imagem completamente abalada diante da opinião pública (... ainda estou para ver neste sábado a capa da Veja ou Vejinha com o título "os heróis dos vinte centavos").

Mas para ser construtivo e continuar falando das lições que podemos aprender, quero muito que a cobertura política pare de ser uma coluna social de fofocas entre partidos, de mensagens leva-e-traz e disputa de pré-primário em tempos de eleição, onde o que importa são as pesquisas e quem está na frente. Está na hora de propor uma agenda, de expor problemas que farão a sociedade crescer como um todo e fazer as perguntas além do óbvio, enxergar além. Não deve ser difícil... o povo, ignorante, analfabeto e esfolado de impostos enxergou, está propondo e continuará propondo. De que lado os quatro poderes estarão nesta nova realidade?

Link da foto: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/19/rio-e-sao-paulo-anunciam-a-reducao-da-tarifa-apos-pressao-popular.htm

segunda-feira, 26 de julho de 2010

E se Bernardinho pensasse como Ronaldinho Gaúcho?


Quem pode culpar Ronaldinho Gaúcho por sua queda de rendimento nos últimos anos? Campeão mundial na Copa de 2002, duas vezes o melhor do mundo jogando tudo pelo Barcelona, um dos maiores times do mundo, milionário e astro das mais diferentes propagandas alardeadas em todo o globo. E mesmo assim, depois do declínio, joga no Milan, especializado em contratar supercraques brasileiros em decadência do Barcelona (como Rivaldo e Ronaldo). Como manter o mesmo interesse, o mesmo foco, por tantos anos a fio? Você não faria o mesmo?

Você, eu e muitos outros talvez, mas não foi o caminho seguido por Bernardinho, Giba e Cia. no extraordinário voleibol brasileiro masculino, o time mais vitorioso da história do nosso país. Se eles pensassem como Ronaldinho Gaúcho, não teríamos vencido o título que nos coloca acima de todas as outras seleções de uma maneira definitiva.

A disputada final da 21ª edição da Liga Mundial de Vôlei na Argentina em Córdoba, com o placar de 3 a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/22) contra os sempre respeitáveis russos deu o nono título ao nosso país e assim, ultrapassamos a Itália, com oito títulos. Com uma seleção talvez não tão brilhante como a dos anos 2000, mas sempre competente, Bernardinho mostra a razão de ser o mais competente de todos os nossos técnicos em quaisquer modalidades.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Até quando vamos ter que aturar a impunidade?

Hoje eu fui fazer um concurso público. Você praticamente não pode se mexer ou estará cometendo algum ato para burlar o concurso e colar, de alguma maneira. Celulares devem ficar dentro da sua bolsa, amarrada por um saco plástico; se algo seu cair no chão, você deve chamar a monitora para pegar e não levantar da cadeira em nenhum momento; após o término da prova, você só pode retirar sua bolsa do saco plástico e ligar seu celular após já estar fora do local de prova.

Para realizar uma simples prova para um cargo público você está praticamente amarrado na cadeira. Como é que um deputado (poderia ser uma senador, ministro) consegue burlar o fisco a ponto de construir um castelo e ainda é escolhido como corregedor da Câmara? Só pode ser piada... muita gente corroborou para que ele conseguisse obter recursos para ter esse castelo, no mínimo...

O que revolta é que a punição máxima aplicada é, para mim, um prêmio. Hoje, foi confirmado o seu afastamento do cargo de corregedor. Mas isso é muito pouco... é um prêmio. Ele deixa toda a pressão da mídia para trás e pode gastar o seu dinheiro obtido ilegalmente em paz. Que mensagem é passada para a sociedade? De que vale a pena roubar, ser político e conseguir o seu ganha-pão no vale-tudo.

Muitas mensagens na notícia do Estadão pedem cassação, o que também é pouco... nestes casos, o funcionário público deveria ser cassado, devolver o dinheiro com juros e ir para a cadeia, como qualquer outro ladrão comum, com a diferença que ladrões comuns nunca prometeram rezar pela boa administração do erário público.