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sexta-feira, 13 de novembro de 2009
"Coco avant Chanel" lembra, mas não toca o mito
A importância de Coco Chanel para a revolução feminina no século XX é imensa. Libertá-las do espartilho, aproximá-las das confortáveis vestimentas masculinas e criar uma identidade a partir deste ponto mudou toda uma relação das mulheres com seu próprio corpo e mente. "Coco avant Chanel", o filme, nos lembra de tudo isso e nos remete ao embrião desta personalidade ímpar... mas, como obra cinematográfica, fica apenas no quase.
A narrativa linear de Anne Fontaine, a diretora, é correta, mas pouco audaz; a interpretação de Audrey Tatou no papel título tem alguns momentos brilhantes, mas lhe falta potência para transcender a tela e tocar o mito Chanel. Entre os coadjuvantes, Benoît Poelvoorde, que faz o homem mais velho que se aproveita (e também é explorado por ela) e acaba apaixonado por Coco, é o destaque.
Se nos aspectos emocionais (direção, atuação e roteiro) o filme não passa de bom, nos técnicos apresenta nuances bem interessantes: a trilha sonora de Alexandre Desplat casa muito bem com a grife Chanel; o figurino vai evoluindo muito gradativamente, com Chanel criando aos poucos esboços do que ao final, torna-se uma criação única até aquele momento de nossa história. Obviamente neste quesito, figurino, a produção não poderia dar um ponto sem nó.
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Um comentário:
O filme é monotonal demais, sem climax, mas achei que serviu para entermos um pouco mais o quão de vanguarda a Chanel foi.
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