sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Na contramão do aquecimento global


Em tempos de COP15 (que quer dizer the 15th Conference of the Parties (COP 15) to the United Nations Framework Convention on Climate Change), o aquecimento global está em pauta mais do que nunca. E, em nosso comportamento de classe média mauricinha, sempre ouvimos falar de preservação da natureza e estamos cada vez mais adotando usos e costumes ecologicamente corretos.

Quem viu o filme "Uma verdade inconviniente" e soube que existem pessoas que negam o aquecimento global ficou até indignado, como fiquei. Para nós, educados no mantra do aquecimento global, soou como loucura, ainda mais se eles estavam acompanhados do parvo dos parvos que foi, é e sempre será George W. Bush.

Em meio a isso, me deparo com uma interessante entrevista do meteorologista Luiz Carlos Molion no UOL. Ele afirma não existir aquecimento global. Em resumo, baseia sua afirmação na falta de perspectiva que um ser humano pode ter diante dos humores solares, estes sim, responsáveis determinantes sobre a temperatura da Terra em vez do CO2 e em ciclos que podem variar de séculos em séculos.

Molion não é contra a discussão sobre a queima de combustíveis fósseis, causadores da chuva ácida por exemplo. Mas acha que o controle de emissões de CO2 serve muito mais para impedir o desenvolvimento de países como Brasil do que para controlar a temperatura da Terra. O próprio Molion, no blog Café Colombo, afirma que conservar é sempre uma boa atitude: “Conservar o planeta é importante para o futuro das gerações. Ter um ar limpo, rios não poluídos e florestas em pé. Mas isso não se mistura com a discussão do clima global. Aqueça ou esfrie, é preciso conservação”, diz.

O que eu aprendi com muita pouca experiência de vida até aqui, principalmente dos 20 aos 30 anos, é que não existe uma verdade absoluta. O que podemos achar óbvio e inequívoco, para outros é algo totalmente sem sentido. E que quando todos entoam algo como um mantra, não custa nada questionar. Não que adotar posturas contra o desperdício seja errado, e talvez nunca seja, mas estamos fazendo pelos motivos corretos?

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