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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Saga "Crepúsculo" se aproveita da temporaneidade da paixão
Histórias originais são raras e, para variar, a maioria esmagadora das canções e filmes são sobre o amor. E de tempos em tempos, uma delas é eleita como representante do zeitgeist. E, graças às técnicas literárias de Stephenie Meyer ou não, Crepúsculo foi eleito o "Romeu e Julieta" deste início de século.
O segundo filme da série, Lua Nova, traz referência direta à universal história de Shakespeare, utilizada como metáfora ou cópia descarada por tantas vezes. As más atuações do casal protagonista Robert Pattinson (o vampiro) e Kristen Stewart (a "aborrecente") ganham a companhia agora mais destacada de Taylor Lautner (o lobisomen), a ponta mais fraca do triângulo amoroso.
A direção não tem maior criatividade que a da média dos videoclipes atuais, o que poderia ser um elogio se as superasse. Mas assim como o presidente Lula, o filme é a prova de erros ou deslizes e torce o nariz para as críticas: com duas semanas de exibição, quase meio bilhão de doláres foram arrecadados em todo o mundo.
Os estúdios de Hollywood riem a toa e já pensam em dividir o quarto e último filme da "saga" (Breaking Dawn) em duas partes. Mas deveriam estar realmente contentes pois a principal commodity do filme, a paixão, se renova a cada safra de adolescentes em todo o mundo. Qual será o "Romeu e Julieta" da próxima década?
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