Aqui você vai encontrar minhas opiniões sobre diversos assuntos, de preferência, relacionados à atualidade. Comente você também!
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Lembra quando Robinho era melhor que Tevez?
2005. Ano de grandes clássicos entre Corinthians e Santos. No paulista, Robinho arrebentou na vitória por 3 a 0 na Vila, marcando dois gols e conclamado como maior craque em atuação no Brasil, acima de Carlitos. O tempo passa, o mundo dá voltas, e ambos wonderboys do futebol brasileiro estão, cinco anos depois, no mesmo time, o Manchester City.
Mas a viagem de cinco anos para ambos foi bem diferente. Enquanto Tevez acabou 2005 sendo o personagem do título brasileiro do Timão e algoz santista na vitória por 7 a 1 contra o Santos na competição nacional, Robinho foi para o Real Madrid e de lá, nos clubes, sua estrela tem se apagado.
Tevez penou no West Ham, conquistou a torcida do poderoso United, mas é no outro Manchester, o City, onde mostra toda sua majestade, a ponto de fazer do primo pobre da capital industrial inglesa voltar a sonhar em derrotar o primo rico nos clássicos.
Já Robinho perdeu-se e faz o caminho de volta à Vila. Sem dúvida, tem mais potencial que Tevez, mas há uma grande diferença entre ser um jogador de futebol profissional e um boleiro malabarista, como muito bem sabe Denílson.
Resta ao menino da Vila arrebentar no Santos e traçar na Seleção Brasileira, onde, graças a Dunga ainda tem alguma moral, seu caminho rumo a uma carreira entre os melhores do mundo.
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House conhece mais uma de suas facetas humanas
A sexta temporada de House começou com o personagem central sendo forçado a uma mudança radical, não apenas em seu vício em Vicodin, mas em sua personalidade, misógina e egocêntrica. Neste 12º episódio, House toma conhecimento que todas suas atitudes tem conseqüências, às vezes até drásticas.
"Remorse" é um dos mais bem escritos capítulos da série, em que a analogia com a paciente cuja psicopatia é um dos sintomas, tem grande paralelo com a jornada de autoconhecimento de House.
Destaque para a atuação da atriz convidada, Beau Garrett, no papel da psicopata que enferniza Thirteen.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Drew Brees leva Saints à final inédita do Super Bowl
Noite de domingo agitada para os amantes do futebol americano. Se no primeiro jogo o Indianapolis Colts conseguir confirmar seu favorito diante de um competente e esforçado New York Jets, o jogo de encerramento tudo poderia acontecer. Em Nova Orleans, casa dos Saints, o Vikings do lendário Brett Favre bem que tentou, mas acabou sucumbindo em meio há diversos fumbles e perdeu na prorrogação, por 31 a 28.
A final do Super Bowl XLIV trará o choque do melhor quarterback em números da temporada, Drew Brees, do Saints, contra o melhor quarterback da década, Peyton Manning, dos Colts. Saindo do muro, sou fã de Manning, ele é o melhor, os Colts são favoritos, mas a inédita campanha dos Saints leva a minha torcida o maior evento esportivo anual do planeta. Que venha o dia 7 de fevereiro!
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domingo, 24 de janeiro de 2010
"Cada um com seus pobrema" é desfile de paulistanidades
A peça de Marcelo Médici é um sucesso há várias temporadas com personagens excêntricos que, na verdade, são um mosaico das inúmeras personalidades que no Brasil só podem ser vistas na paulicéia: a doméstica nordestina, o mano corintiano, a imigrante oriental, o surfista acéfalo, a vidente pilantra, o gay insuportável e por aí vai.
O talento de Médici na mudança de um personagem para outro é notável, além da alteração do texto de acordo com a atualidade, importante para manter as risadas ainda mais frescas. O único porém parece ser acertar o tempo de retomada do texto com as risadas da platéia, pois alguns ganchos se perdem em meio à acústica difusa.
Se a peça tem em seu forte montar um mosaico colorido e único do cotidiano paulistano, os defeitos também parecem se inspirar na cidade: o Citibank Hall serve para maximizar os lucros dos produtores, não para o conforto da platéia, que fica espremida nas mesas, e muitas vezes, não tem a visibilidade sequer perto da ideal para ver o espetáculo. Ou seja: muito parecido com o busão que Sanderson ou Cleusa, personagens da peça, devem pegar diariamente para irem a seus "trampos".
Vale a pena pelo preço médio de R$ 100? Até vale, o espetáculo diverte, mas o incômodo da "casa de shows" ainda me perturba. A peça de teatro deveria estar em seu lugar: no teatro.
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Screen Actors Guild: yes, she did it again!
Sim, Sandra Bullock, depois do Globo de Ouro, levou também o prêmio de melhor atriz dramática do Sindicato dos Atores de Hollywood por "The Blind Side", filme sobre futebol americano que ainda não chegou ao Brasil. E em seu discurso, foi divertida, sincera e emocionada. Confessou que pensou em desistir da profissão (é, ela tem senso do ridículo) e que subitamente estava naquele palco, vencendo o prêmio de melhor elenco em 2006 por "Crash". Mudou a carreira e hoje estava novamente ali, sendo reconhecida por muitas das pessoas em que se espelhava. Tocante... até.
No mais, pouquíssimas diferenças em relação ao Globo de Ouro. O grande prêmio da noite foi para "Inglorious Basterds", como melhor elenco, o que talvez seja a principal premiação do filme de Quentin Tarantino nesta temporada de estatuetas.
Todo mundo que ganhou no Screen Actors Guild: sempre, no melhor site da internet - IMDB.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
"Up in the air" é registro melancólico da América
Quando se pensa em um filme tipicamente para os americanos, pode-se pensar em alguma patriotada militar. No caso do interessante "Up in the air" trata-se de um registro histórico bem dirigido, com atuações precisas, de um momento marcante na história dos EUA: a quase Grande Depressão dos anos 2000.
O protagonista é Ryan Bingham, interpretado por George Clooney, cujo trabalho é viajar pelo país fazendo acordos de demissão pelas empresas que necessitam cortar vagas. Solitário, ele se dá bem com as rotinas das viagens pela American Airlines e dos hotéis Hilton até ser fisgado pela personagem de Vera Farmiga, Alex Goran.
O roteiro, vencedor do Globo de Ouro, é o ponto alto da produção. Frases inteligentes e saídas que escapam dos clichês garantem aquele nó na garganta que sempre temos ao pensar se o que estamos fazendo de nossas vidas é aquilo que realmente queríamos.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Globo de Ouro prestigia sobrevivência da indústria
A sobrevivência da indústria cinematográfica frente à pirataria e aos downloads está na demonstração prática de como novas técnicas podem levar mais e mais público às salas, gerando mais dinheiro e deixando os produtores felizes. Isso é o que "Avatar" vem realizando por cinco finais de semana seguidos nos EUA, tornando-se o segundo filme mais rentável da história e com grandes chances de passar o King of the World, Titanic, também de James Cameron. E foi exatamente a todos estes feitos que a Imprensa Estrangeira de Hollywood premiou nesta noite de domingo, 17 de janeiro: melhor filme (drama) e direção para James Cameron.
Se "Avatar" não foi uma surpresa, outros dois prêmios relacionados à bilheteria foram. O melhor filme de Musical ou Comédia foi o divertidíssimo e rentável "The Hangover", que derrotou o sério e ultraproduzido "Nine". Mas se você acha que parou por aí, não, infelizmente, neste caso, tem mais: Sandra Bullock, a primeira mulher a levar um filme sozinha nas costas a passar da casa dos US$ 200 milhões, ganhou o prêmio de melhor atriz por "The Blind Side". Todos sabemos que Bullock está longe sequer de ser uma atriz mediana e mesmo que seu desempenho tenha sido extraordinário, sua premiação é apenas um reforço da premissa que coloquei: louvados sejam aqueles que trazem dinheiro aos produtores... sejam eles quem forem.
P.S.: lista completa? No melhor site da Internet, IMDB.
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Mark Sánchez é intruso nas semifinais da NFL
Um lambari em meio a três grandes tubarões. É assim que o quarter-back do New York Jets, o chicano Mark Sanchez, está se sentindo. Ele é apenas o segundo novato na história a ganhar dois jogos de pós-temporada seguidos, feito atigindo primeiro por Joe Flacco, do Baltimore Ravens, no ano passado.
Os outros três semifinalistas da NFL são o ultraveterano Brett Favre, que aos 40 anos, está em sua melhor temporada com o Minnesota Vikings; outro em sua melhor temporada da vida é o experiente Drew Brees, que liderou o New Orleans Saints e quer o seu primeiro anel de campeão do Super Bowl; e o favorito e melhor quarter-back desde de Joe Montana, Peyton Manning, que quer seu segundo título com o Indianapolis Colts.
É no próximo domingo: Colts x Jets, Vikings x Saints. Palpites: os favoritos - Colts e Saints.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
American Idol: Here we go, all over again
Ao ter conhecimento do show, talvez somente em sua segunda versão, torci o nariz. Achava a ideia ridícula e vivia uma época talvez bastante antiamericana demais. Um dia, ao chegar em casa e ver minha irmã assistindo a sétima temporada, parei, sentei e gostei.
Mal sabia o mostro que havia criado. 85% das músicas no meu celular são de American Idols. Me divirto pra caramba e não tenho mais vergonha disso. Afinal, se Sir Anthony Hopkins é super-fã e ainda vai a todas as finais, quem sou eu pra sentir vergonha.
E nesta semana, começou, tudo de novo: entusiasmo, nenhum sendo do ridículo, grandes sonhos, grandes vozes, grandes personalidades. E claro, Simon Cowell, que mantém o show interessante com seus comentários sarcásticos. Dizem que este é o seu último ano, que vai se dedicar à instalação dos X-Factor, onde ele realmente é o rei, nos EUA. Vejamos...
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Sherlock Holmes acerta na fórmula do entretenimento
Um roteiro bem escrito, que a todo instante instiga a imaginação; uma direção acertada e no limite da inovação de um personagem icônico do século XIX transposto para o século XXI, com boas pitadas de violência e movimentos de câmera variados; e por fim, o ponto forte, um elenco afiado e que atrai o público.
Robert Downey Jr. é perfeito como protagonista, mas, quando sua carreira deixará de ser usada para dar autenticidade a blockbusters como este e "Homem de Ferro" e nos brindará com papéis realmente desafiadores, como "Chaplin"?; Jude Law dá um ar de maior credibilidade a um Watson nada paspalho como na maioria das versões, enquanto o vilão Marc Strong ganha a grande oportunidade de sua carreira e acerta.
Voltando ao filme: sem ser fantástico, mas no ponto, "Sherlock Holmes", do ex-Madonna Guy Ritchie, é a pedida certa pra quem já assistiu "Avatar" e quer passar boas duas horas no shopping se divertindo.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Submarino afunda nas entregas e perde consumidores
"Tudo o que é bom, vai acabar". Essa é uma frase célebre de um amigo meu. E, infelizmente, tende a ser verdade. As compras no Submarino, há alguns anos atrás, chegavam sempre antes do prazo e com uma embalagem descente, com o logo da empresa.
Hoje em dia, as embalagens são precárias e os prazos, desrespeitados. Comprei uma máquina de lavar na quinta passada, com prazo de dois dias úteis para chegar. Até hoje, nada. Em contato online com a loja, me foi passado que serão necessários outros dois dias somente para me ligarem falando quando será entrega.
Os cortes feitos nas empresas em setores chaves com o de logística ou relacionamento com o consumidor podem ser muito burros. Outro exemplo que aconteceu em minha casa foi quando minha mãe ligou para uma empresa de gás e a atendente pediu um ponto de referência. A mesma não sabia onde em São Paulo fica a Berrini. Minha mãe, abismada, perguntou de onde ela falava. Salvador, foi a resposta. A empresa economizou no atendimento, mas também ficou sem vender.
E o mesmo, a partir de agora, vai acontecer com o Submarino. Pensava contar com a agilidade de ter a máquina dentro de casa em dois dias. Já faz uma semana. Não vou esperar mais, pois lá, já não mais farei compras.
Hoje em dia, as embalagens são precárias e os prazos, desrespeitados. Comprei uma máquina de lavar na quinta passada, com prazo de dois dias úteis para chegar. Até hoje, nada. Em contato online com a loja, me foi passado que serão necessários outros dois dias somente para me ligarem falando quando será entrega.
Os cortes feitos nas empresas em setores chaves com o de logística ou relacionamento com o consumidor podem ser muito burros. Outro exemplo que aconteceu em minha casa foi quando minha mãe ligou para uma empresa de gás e a atendente pediu um ponto de referência. A mesma não sabia onde em São Paulo fica a Berrini. Minha mãe, abismada, perguntou de onde ela falava. Salvador, foi a resposta. A empresa economizou no atendimento, mas também ficou sem vender.
E o mesmo, a partir de agora, vai acontecer com o Submarino. Pensava contar com a agilidade de ter a máquina dentro de casa em dois dias. Já faz uma semana. Não vou esperar mais, pois lá, já não mais farei compras.
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domingo, 10 de janeiro de 2010
FLEC expõe riscos ao crescimento de Angola
Como é sabido, as divisões políticas impostas pelos colonizadores europeus no século XIX aos agoras países africanos são a fonte de quase a totalidade dos conflitos praticamente onipresentes no continente. E o caso de Cabinda, a pequena província angolana hoje rica em petróleo, não é diferente.
À data da independência de Angola de Portugal, 1975, Cabinda foi considerada parte do território, o que é contestado desde então pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, FLEC. A Organização, que até então era apenas um apêndice na história de Angola para a comunidade internacional, conseguiu destaque ao atacar à tiros o ônibus da seleção do Togo, que iria disputar a Copa Africana de Nações que começou hoje. Cabinda, junto a Lubango, a capital Luanda e Benguela, é uma das sedes da competição.
O que não é sabido por mim e creio que pela maioria de todos fora de Angola é o quanto a FLEC representa a população de Cabinda, insatisfeita com a divisão dos royalties de suas jazidas de petróleo, que são mais de 65% de tudo o que país produz. Seria o mesmo que o crescimento do Brasil fosse impulsionado pelo estado do Acre. O quanto as aspirações dos acreanos significariam diante de todo o restante do país, muito maior e mais populoso e mais importante, até a exploração do petróleo começar? Provavelmente, muito pouco, como no caso de Cabinda.
O governo do presidente José Eduardo dos Santos deveria se preocupar é com os riscos à estabilidade que a FLEC pode produzir aos olhos dos investidores internacionais, que colocaram dinheiro em todos os equipamentos e infraestrutura na exploração do petróleo. Além disso, a Copa Africana de Nações fica abalada com a saída de Togo e a imagem de Angola riscada como potencial sede africana de uma próxima Copa do Mundo no continente.
A discussão de uma verdadeira distribuição de recursos à Cabinda a ponto de satisfazer sua população seria justa para que o sentimento separatista fosse dissipado. Cabinda não têm condições de ser um país independente. Para isso, teria primeiro que obter apoio e reconhecimento internacional; atualmente, pouca gente sabe sequer de sua existência.
Outro fator importante está em sua nomenclatura: Cabinda não é um enclave em Angola, e sim um exclave, pois está cercada pelo mar e pela instável República Democrática do Congo. Atualmente, as ricas reservas de petróleo de Cabinda são angolanas e uma guerra contra Angola não seria bem-vinda o gigantesco vizinho. Já uma invasão a uma Cabinda independente seria rápida e sem grandes conseqüências, pois o pequeno território não seria visto internacionalmente como o Kuwait na década de 1990.
P.S.: Na foto, a bandeira de Cabinda livre, segundo a FLEC.
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Ping Pong Dim Sum é pitstop pré-balada
Está afim de curtir a night da Vila Olímpia e não sabe onde vai passar aqueles momentos preciosos que antecedem o bate-estaca incessante das boates mais glamourosas de Sampa? Quer dar uma conferida nas minas mais gatas e nos tiozinhos mais descolados? Seus problemas acabaram: seja parte da galera que é super "in" e vá ao happy hour do Ping Pong Dim Sum.
Esse restaurante com arquitetura super moderna serve os mais diferentes tipos de bolinhos asiáticos cozidos à vapor, sempre em porções de três que variam de R$ 11 a 19. Saca só.
Bom, mas se depois de tanta frescura você estiver sentindo a sua masculinidade ferida ou a sua consciência de classe média-lasagna-aos-domingos estiver gritando, peça a única coisa de macho que há no cardápio: costela de porco... veja aí embaixo.
Mas... peraí... até a costela de porco vem com mel?!? Bom, se não tem jeito de escapar da frescuraiada, o jeito é cair na noite e curtir os altos agitos desta galera que não tem limites para a diversão! (hahahahhaaha)
PS: não vá ao dito local com fome. Caso contrário, pagarás mais de R$ 60... estou avisando, hein.
Esse restaurante com arquitetura super moderna serve os mais diferentes tipos de bolinhos asiáticos cozidos à vapor, sempre em porções de três que variam de R$ 11 a 19. Saca só.
Bom, mas se depois de tanta frescura você estiver sentindo a sua masculinidade ferida ou a sua consciência de classe média-lasagna-aos-domingos estiver gritando, peça a única coisa de macho que há no cardápio: costela de porco... veja aí embaixo.
Mas... peraí... até a costela de porco vem com mel?!? Bom, se não tem jeito de escapar da frescuraiada, o jeito é cair na noite e curtir os altos agitos desta galera que não tem limites para a diversão! (hahahahhaaha)
PS: não vá ao dito local com fome. Caso contrário, pagarás mais de R$ 60... estou avisando, hein.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
"Lula, o filho do Brasil" tenta escapar de armadilhas
Um filme sobre um presidente da República é uma novidade para o cinema brasileiro, ainda mais quando se trata do atual mandatário supremo. Como realizar uma produção digna sem deixá-la cair nas inumeráveis armadilhas que a premissa traz consigo? Em todo filme nacional, sempre em seu início, somos obrigados a ver incontáveis logos de órgãos públicos que de alguma forma ou outra, ajudaram na realização.
Isto, em "Lula", não poderia acontecer. A saída foi arrumar patrocínios das maiores empresas e empreiteiras do País. O que não fica claro para todos nós é o que elas ganharam (ou, principalmente, ganharão) além da breve aparição de seus logos no ínicio da projeção. Infelizmente, sabemos que a Brahma conseguiu uma constrangedora menção aos "brahmeiros" em uma das falas, mas e as outras empresas?
Tendo escorregado na primeira armadilha, mesmo tentando escapar, a produção de Fábio Barreto habilmente saiu de outra: a de fazer um filme-bomba. Para isso, escolheu bem como retratar a história do presidente: escapando do período atual, cheio de polêmicas e altamente opinativo, para recorrer ao mito (que aqui, é realidade) do macunaíma que venceu a origem miserável para chegar ao inalcansável topo.
O roteiro por vezes escorrega ao tentar tratar de vários assuntos políticos com a vida pessoal, se perdendo principalmente no primeiro aspecto. Já a boa direção de Fábio Barreto contou com aspectos técnicos louváveis, como fotografia e figurino, que retratou bem a passagem do tempo de acordo com a história brasileira.
No elenco, Glória Pires emocionou no papel da mãe de Lula, principalmente quando era exigida nos momentos em que um ator se mostra maduro: quando ele tem que "falar" com a câmera, mas sem texto. O ponto alto fica com o estreante Rui Ricardo Diaz, que teve um desafio gigantesco pela frente: representar uma figura que todos conhecem e já caricaturada por muitos.
A voz de Lula na pele de Diaz fugiu da caricatura e somente nas nuances lembrava a do presidente. Obviamente, não foi só neste detalhe que o ator ganhou o filme, mas também em outros, como o crescimento do personagem, que passa da timidez à postura de um líder ao longo 130 minutos de projeção.
Mas a grande armadilha do filme, como produto de cinema, é enfrentar o inevitável preconceito dos frequentadores dos multiplex. Não há, pelo menos entre as pessoas que eu conheço, quem não torça o nariz para o filme. Mas aqui, "Lula" responde como produto das próximas eleições, quando será um DVD a preços populares e atingindo os extratos das classes sociais que precisam ser convencidos de que Dilma Roussef é sim uma boa opção. O tempo (dentro em breve) dirá se ele obteve êxito neste quesito, pois, como obra cinematográfica, conseguiu.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Direção é trunfo de "500 dias com ela"
O cinema é onde o impossível acontece, onde as almas gêmeas se encontram e o amor sempre dá certo. Mas e se em vez do extraordinário a telona tratasse do ordinário, do comum, daquilo que as pessoas vivem em suas frustradas histórias de amor? Tudo seria meio chato, não?
Em "500 dias com ela", o diretor Marc Webb trata de pegar este desafio e transformá-lo em um interessante filme que conta a história do apaixonado Tom (vivido pelo ator Joseph Gordon-Levitt, mais conhecido até então como ator mirim da série 3rd Rock from the Sun) e a realista Summer (retratada pela cult Zooey Dechanel).
Webb utiliza variados recursos presentes em videoclips e na Internet para em flashforwards e flashbacks contar esta história que não é de amor, mas de como ele pode ser sentido de diferentes maneiras por um quase-casal.
Enquanto o diretor vê o seu promissor filme ganhar alguns prêmios e indicações importantes (como as do Globo de Ouro para melhor filme musical ou comédia e de ator na mesma categoria para Levitt), ele prepara o remake de Jesus Christ Superstar. Desafiador.
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